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CD/AAC lembra nunca se ter oposto à vacinação, mas lamenta falta de sensibilidade da reitoria

Quanto à questão dos espaços para vacinação, Miguel Franco, secretário-geral do Conselho Desportivo da Associação Académica de Coimbra, afirma que esperava outra abordagem da UC. O dirigente acusa ainda Amílcar Falcão de falta de “visão estratégica” na forma de ver a relação do desporto com a Universidade.

Numa altura em que os casos de covid-19 eram a maior das preocupações do país, duas das maiores infraestruturas da cidade (em momentos diferentes) sofreram constrangimentos por acolherem centros de vacinação contra o vírus.

Na passada quarta-feira, em entrevista à RUC, o presidente da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), José Manuel Silva, lembrou os problemas que acabou por levantar o problema de falta de infraestruturas desportivas de que sofre a cidade.

Mais tarde, na sexta-feira, durante a sua passagem pelos estúdios da RUC, o reitor da Universidade de Coimbra (UC), Amílcar Falcão, também acabou por regressar à temática. Recordando as queixas feitas pelas secções da Associação Académica de Coimbra lesadas, o dirigente da UC afirmou que “até fica mal às secções virem com esse argumento que demonstra uma pobreza de espírito muito grande” numa altura em que o seu espaço havia sido cedido para vacinação massiva dos conimbricenses.

Agora, a Rádio Universidade de Coimbra falou com Miguel Franco, presidente do Conselho Desportivo da Associação Académica de Coimbra (CD/AAC) para perceber os contornos da situação. De acordo com o responsável, a AAC nunca foi contra a vacinação, embora condene a forma como a reitoria tratou o assunto.

Apesar de não poder dizer que não teve apoios, Miguel Franco considera que a Universidade de Coimbra falhou na tarefa de ajudar aqueles que, no seu entender, deveriam ser um “parceiro estratégico”.

O dirigente explica que as secções afetadas tiveram de ser redistribuídas pelos vários espaços existentes, prejudicando um pouco uma série de grupos de trabalho. No entanto, com as palavras do reitor em mente, o presidente do CD/AAC refere a situação das equipas de hóquei em patins da Secção de Patinagem da AAC (SP/AAC) como exemplo de alguém que sofreu ainda mais com a alteração dos espaços.

Responsabilidade da falta de espaços é da Câmara, segundo o reitor. Miguel Franco acredita que Universidade de Coimbra devia fazer mais.

A discussão em torno do desporto surgiu no seguimento da reunião entre Câmara Municipal de Coimbra (CMC) e Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC). Durante o programa Observatório, o líder do executivo camarário destacou que um dos principais assuntos abordados no encontro tinha sido a falta de espaços desportivos na cidade.

Na RUC, Amílcar Falcão acabou também por ser interrogado sobre o papel que a instituição de ensino superior podia ter na procura de novos espaços. Em resposta, o dirigente explicou que esta não era uma responsabilidade sua e acrescentou ainda que “gostava de ver a CMC a apoiar mais a UC”.

 

Miguel Franco acaba por não partilhar da mesma perspetiva. O responsável assume que, do ponto de vista legal, o reitor tem razão, mas aponta “falta de visão estratégica” ao dirigente da Universidade de Coimbra.

De acordo com o presidente do CD/AAC, Amílcar Falcão peca por não perceber de que forma o desporto pode ser um importante fator atrativo para a instituição.

A entrevista completa a Miguel Franco pode ser ouvida no link acima ou no nosso Spotify. As entrevistas ao reitor Amílcar Falcão e ao presidente da CMC José Manuel Silva podem também ser consultadas no Spotify ou através dos artigos abaixo.

 

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