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19.01.2023POR Isabel Simões

Com a nova Estação de Coimbra a cidade ganha “hipercentralidade”

“A Estação de Coimbra vai ser uma estação intermodal muito fácil de usar muito diferente da estação atual que é nada”, afirmou Joan Busquets na sessão de apresentação das linhas gerais que irão definir o Plano de Pormenor da zona que vai da atual estação de Coimbra-B até à Ponte de Santa Clara. Com a nova estação e a Alta Velocidade, Porto e Lisboa ficam mais perto. Com a ligação do MetroBus concelhos como Lousã e Miranda do Corvo ficam mais próximos.

A nova Estação de Coimbra vai substituir Coimbra-B. Será um edifício em ponte, inserido num grande ‘hub’ de transportes onde os espaços naturais já existentes (Choupal e Vale de Coselhas) e outros a criar terão um papel importante, esclareceu o arquiteto catalão. A divisão da Rua do Padrão em duas vias com uma zona central arborizada faz parte da proposta do projetista. Já o lugar onde estacionam agora autocarros poderá ser um espaço de esplanada verde.

Segundo a proposta de Joan Busquets na Avenida Fernão de Magalhães vão poder circular automóveis mas não só, também vai ser possível percorrer o espaço que vai da Fernão de Magalhães à nova Estação de Coimbra a pé em 15 minutos ou em cinco minutos de bicicleta. Tudo muito diferente do que existe hoje na zona, clarificou Joan Busquets.

As obras a decorrer, em Coimbra-B para o transbordo dos passageiros da ferrovia para o MetroBus vão desenrolar-se de forma a que, no futuro, este meio de transporte se possa estender para norte do concelho, lembrou o projetista. Em paralelo com a nova estação, de acordo com Joan Busquets poderá nascer o bairro habitacional da estação.

Da proposta de Joan Busquets faz parte o acolhimento de uma possível futura alteração do IC2. Também a vereadora da mobilidade e urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), Ana Bastos, reforçou a importância de repensar os acessos à nova Estação de Coimbra dando particular destaque ao IC2 da responsabilidade da Infraestruturas de Portugal (IP).

Segundo a responsável camarária, agora que a Avenida Aeminium (marginal) será espaço de fruição urbana falta resolver “a componente rodoviária”. A resolução do problema da rotunda do Almegue, a possibilidade de readaptar a ponte ferroviária para uma nova travessia do Rio Mondego ou a resolução do futuro anel da Pedrulha foram questões levantadas por Ana Bastos.

Quanto ao território que envolve a nova Estação de Coimbra sofrerá uma ampla “intervenção urbanística” da qual resultará maior atratividade para novas e velhas atividades destacou a vereadora responsável pelo urbanismo e mobilidade.

O presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva, abriu a sessão no Salão Nobre dos Paços do Concelho começando por se congratular com a proposta de Joan Busquets “um dos projetos mais transformadores com a criação de uma nova centralidade que vai projetar Coimbra para o século XXI”.

Par o secretário de Estado das Infraestruturas,  Frederico Francisco, com o desenvolvimento garantido da Alta Velocidade vai ser possível “sonhar como será a cidade daqui a dez ou quinze anos.

Na sessão foi assinado o protocolo de entendimento e colaboração entre a Câmara Municipal de Coimbra e a empresa Infraestruturas de Portugal representada pelo vice-presidente, Carlos Fernandes.

Fotografias: CMC

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