Câmara de Coimbra quer novo polo de atividade social, ambiental e económica na zona de Coimbra-B
Joan Busquets, responsável pela coordenação do Estudo Urbanístico e de suporte ao Plano de Pormenor da área, vem a Coimbra explicar as linhas gerais que orientam o Plano de Pormenor pretendido, no próximo dia 18 de janeiro.
A vereação da Câmara Municipal de Coimbra (CMC) aprovou na reunião de Câmara da última segunda-feira a minuta do protocolo para a elaboração de estudos do Plano de Pormenor da Estação de Coimbra da Alta Velocidade, a ser celebrado entre a empresa Infraestruturas de Portugal (IP) e o Município.
Segundo a vereadora do urbanismo da Câmara Municipal de Coimbra, Ana Bastos, com a “consolidação da decisão de que a Estação de Coimbra-B é onde irá passar a Alta Velocidade e será paragem”, torna-se essencial “desenvolver um plano global que permita salvaguardar a coordenação e a intermodalidade do serviço oferecido de transporte”.
O protocolo a estabelecer entre a IP e a Câmara Municipal foi desenhado “à imagem do que já tinha sido feito em 2010 mas agora devidamente atualizado”, esclareceu a responsável. Ana Bastos explicou o que vai ser revisto e disse que cabe novamente ao arquiteto catalão Joan Busquets a coordenação dos estudos.
De acordo com a vereadora do urbanismo “não será apenas um plano estratégico da definição de linhas gerais”, haverá definição “muito ao nível do detalhe”. Entre as responsabilidades da Câmara Municipal estão a formalização do Plano do Pormenor bem como um conjunto de tarefas e estudos. A execução de cartografia, levantamento cadastral, a atualização do estudo de tráfego e do mapa do ruído, assim como os estudos ambientais são algumas das tarefas que a CMC tem de desenvolver. Alguns trabalhos poderão ser adjudicados ao exterior, adiantou Ana Bastos. Face ao que considerou ser a “relevância” do processo, a vereadora deixou um convite à participação dos interessados na próxima quarta-feira, dia 18.
Regina Bento, vereadora eleita pelo Partido Socialista, enalteceu a presença da matriz de responsabilidades anexa ao protocolo a celebrar. Censurou, no entanto, a falta na documentação de um cronograma indicativo da execução dos trabalhos a realizar, uma vez que em 2010 “nada saiu do papel”.
Apesar da recente alteração do ministro das Infraestruturas, a quem compete tomar decisões sobre a Alta Velocidade, Ana Bastos acredita estar tudo encaminhado para a concretização da ferrovia. A vereadora tem esperança de que, “no máximo em setembro ou outubro” de 2023, o trabalho definido do arquiteto catalão esteja concluído.
Ana Bastos teve a oportunidade de esclarecer que o anterior plano desenvolvido pelo arquiteto Joan Busquets foi terminado em 2012 mas, com a alteração do executivo em 2013 nas eleições autárquicas que o PS ganhou, o plano não teve seguimento. De acordo com a vereadora da coligação Juntos Somos Coimbra “só não chegou a ser formalizada a aprovação do respetivo plano através da sua publicação em Diário da República”.
A responsável pelo urbanismo da CMC adiantou que a nova solução é menos intrusiva do que a anterior, “não passa debaixo do Rio Mondego em túnel como estava previsto inicialmente”. Segundo Ana Bastos a nova solução pretende “aproveitar parte das infraestruturas que já existem em Coimbra-B”.
Esclareceu ainda que a complexidade do processo está “na articulação com o MetroBus, e com os outros modos de transporte, concluindo que “Coimbra merece há muitas décadas ter uma estação rodoviária devidamente coordenada com a Estação de Coimbra-B e com o futuro MetroBus”.