Museu Nacional de Machado de Castro tenta “Diálogo improvável” com fazedores de Pichagens

A diretora do Museu Nacional de Machado de Castro (MNMC), Lurdes Craveiro, promoveu ontem, dia 7 de julho, um encontro a que deu o nome de “Fórum Património e pichagens: um diálogo improvável”. A equipa do museu tinha a expectativa de que aparecessem alguns cidadãos que realizam inscrições nas paredes exteriores do MNMC para explicarem o que os leva a marcar dessa forma o património de todos. Os escrevinhadores de paredes não compareceram.

À margem da sessão, Lurdes Craveiro falou com a RUC e reforçou a intenção de conversar com a comunidade de que fazem parte os responsáveis pelos atos praticados no património.

“Da nossa parte não é a hostilidade aquilo que queremos”, menciona Lurdes Craveiro, na esperança de ser ouvida. “Queremos conversar e compreender”, acrescenta. A responsável lamenta que no encontro tenha estado presente apenas “o lado da incompreensão”.

Na sessão abordaram-se experiências oriundas de cidades como Viseu e Portimão. Nas duas cidades os escrevinhadores de paredes e ‘grafitti’ foram convidados a deixarem as suas inscrições em locais prédefinidos, em vez de o fazerem no património.

Lurdes Craveiro não põe de lado esta possibilidade e informa os cidadãos das potencialidades do Museu Nacional de Machado de Castro em estabelecer diálogo com as várias instituições da cidade de Coimbra.

Apesar de ter apelidado este primeiro encontro como “falhado”, a diretora do museu de Coimbra promete voltar a promover novo encontro no próximo ano para assinalar os quatro anos do aniversário da inscrição do MNMC na lista do Património Mundial, na zona classificada pela UNESCO no Bem – Universidade de Coimbra, Alta e Sofia.

Esta quinta-feira, dia 7 de julho, o MNMC celebrou o terceiro aniversário da inscrição na lista do Património Mundial.