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Filipe Rosa: “Este foi o ano de ouro da história da secção de judo”

O trabalho da secção de judo da AAC esteve em destaque na edição do Observatório a cargo de Filipe Rosa

60 anos após a sua fundação, o judo academista é hoje uma das mais importantes secções da Associação Académica de Coimbra (AAC), somando êxitos , seja no plano regional, nacional e mesmo ao nível internacional. No espaço de comentário do Observatório da passada quinta-feira, dia 16, estivemos à conversa com Filipe Rosa, presidente da Secção de Judo da AAC (SJ/AAC).
Visivelmente satisfeito, Filipe Rosa afirmou que o 60.º aniversário da Secção de Judo da AAC foi o ano de ouro da história da secção de judo e resulta do trabalho de muitas pessoas apaixonadas pelo símbolo da AAC e da sua secção de judo, realçando a presença nos jogos olímpicos de Tóquio com a atleta Catarina Costa. Acentuando a importância do sonho da própria atleta, do treinadores João Neto e João Abreu, os apoios de instituições publicas e privadas e do esforço da própria secção em proporcionar à atleta competições internacionais que lhe deram visibilidade para ser chamada à selecção nacional de judo.
O entrevistado abordou o papel da AAC no apoio às secções, referindo que a AAC não é uma estrutura com capacidade financeira, mas que sempre confiou na secção.

“(A AAC) permite-nos trabalhar, fazermos caminho, todos os projetos que apresentamos à AAC sempre tiveram o apoio total, não a 100%, mas sim a 200% de todas as direções que passaram nesta casa”.

Referiu, ainda, que a anterior direção da AAC tinha um bom conhecimento da realidade do desporto da AAC, contudo, em geral, as Direções Gerais não tem, no início do mandato o conhecimento do desporto e do trabalho das secções deportivas da AAC.
Sobre a divida que a Direção Geral tem com as secções desportivas, Filipe Rosa referiu que “se a Direção Geral tem uma divida para com as direções desportivas, também é um fato que que fez a divida foram as secções desportivas”. Refere também que as últimas direções gerais foram amortizando a dívida externa e arranjando soluções para também arranjar soluções para amortização da divida interna com as secções desportivas. Ainda sobre este assunto, o entrevistado acentua a importãncia do trabalho de cada secção para o seu sucesso.

“As secções tem capacidade, tem estrutura para fazer um caminho sem o dinheiro da AAC. O dinheiro não trabalha, permite criar as condições para trabalhar, mas as pessoas tem que trabalhar.”

Abordando a situação decorrente da pandemia, o entrevistado refere que após 2020, que causou um grande redução de atletas na secção, os atletas têm regressado e observa-se a reativação dos pólos da secção de judo. Filipe Rosa salienta a importância da confiança e abertura dos pais dos atletas para que os filhos voltem a treinar judo assumindo os riscos, ainda que controlados decorrentes do COVID-19.

“Nós caímos e levantamo-nos, (…) não baixámos (os braços) no primeiro ano que apareceu o COVID, que foi terrível para nós, quando estávamos num projeto olímpico e os jogos olímpicos foram adiados, lutámos muito, sofremos muito, houve uma grande capacidade de união (…) conseguimos ultrapassar essa adversidade, acreditamos (…)”.

Por fim, Filipe Rosa abordou alguns dos objetivos da secção de judo, referindo o cuidado com todos os atletas desde as crianças aos adultos para além da competição e reforçando as incertezas decorrentes da situação pandémica, bem como, a preparação dos jogos olímpicos de Paris 2024. Para isso, o entrevistado refere que “a secção de judo nunca parou durante a pandemia e não irá parar”, encarando o futuro com otimísmo decorrente duma maior compreensão das soluções para fazer desporto em tempos de pandemia.

Para ouvir a entrevista na integra basta clicar no link acima ou aceder ao nosso spotify.

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