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15.12.2021POR Tomás Cunha

André Dias Pereira: “Cesário Silva é quase o contra político”

André Dias Pereira foi colega de Cesário Silva no Conselho Geral da Universidade de Coimbra. O docente da FDUC traçou um retrato do novo presidente da Direção Geral. A vacinação e a próxima época de exames foram outro dos temas do Observatório desta terça-feira.

O comentário do Observatório de segunda-feira, dia 14 de dezembro, ficou a cargo de André Dias Pereira, professor da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC) e membro do Conselho Geral da UC (CGUC).

O pontapé de saída do programa foi dado com a tomada de posse dos novos dirigentes da Associação Académica de Coimbra (AAC). A cerimónia marcou o arranque do mandato de Cesário Silva, aluno da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC), que substitui João Assunção, (FDUC) na Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC). Na Assembleia-Magna, Daniel Tadeu (FLUC) sucede a João Lincho (FCTUC) na presidência do órgão. Sobre este tema o professor da FDUC recordou o impacto financeiro da pandemia nas contas da Associação, sublinhando os “desafios tremendos” que a nova equipa terá pela frente. Um reforço das secções e do trabalho associativo desenvolvido nos corredores do edifício-sede e do Estádio Universitário, terá de ser uma prioridade da nova DG/AAC na opinião de André Dias Pereira. O docente e investigador defende mesmo que o grande desafio dos próximos dirigentes associativos passa por “retomar os laços humanos, de contacto, de vivência em comunidade”, perdidos no último ano e meio.

“Cesário Silva é o quase o contra político”

Sobre Cesário Silva, colega de André Dias Pereira no Conselho Geral, o professor universitário sublinha o estilo próprio do novo homem forte da Académica: “é um político que faz política de uma maneira muito diferente. Não é protagonista, não tem uma postura de uma liderança altiva. É uma pessoa muito serena, de grande afabilidade e com grande experiência associativa. É quase o contra político”, conclui André Dias Pereira.

“Portugal tem sido um sucesso na saúde pública” 

Com a tomada de posse encerrada foi tempo de abordar a questão da vacinação obrigatória. Para André Dias Pereira em Portugal, que regista altas taxas de vacinação esta questão não se deve levantar. Relativamente ao certificado COVID André Dias Pereira não tem dúvidas que a medida é proporcional e que o bem comum referente à proteção da saúde de todos se sobrepõe  à liberdade individual. O diretor do Centro de Direito Biomédico da Universidade de Coimbra sublinha que “Portugal tem sido um sucesso na saúde pública” em diversos capítulos, nomeadamente no processo de vacinação. A obrigatoriedade da vacinação não é necessária, conclui André Dias Pereira.

“Todos foram avaliados, ao contrário de outros”

O final do programa foi dedicado à próxima época de exames de janeiro e fevereiro. Depois de um ano muito atípico onde as faculdades fecharam em plena época de exames André Dias Pereira considera que há condições para fazer melhor. O virtual vai continuar a ser uma realidade para os alunos que não possam fazer os exames presenciais, confidencia o docente da FDUC. Sobre o último ano e meio Dias Pereira deixa uma certa: “todos foram avaliados, ao contrário de outros”, numa clara alusão às “famosas” passagens administrativas do tempo do Percurso Revolucionário em Curso (PREC).

Para ouvir a entrevista basta procurar Observatório no Spotify ou então no nosso serviço de Podcasts RUC.

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