José Dias: “O PS fará o seu trabalho de escrutínio, de construção positiva por propostas”

“Uma primeira reunião camarária muito regimental” foi como José Dias resumiu a estreia das reuniões da Câmara Municipal de Coimbra com os autarcas eleitos em setembro passado. O vereador do PS — atualmente em substituição de Manuel Machado que pediu escusa até ao próximo dia 12 de Dezembro, citando tarefas na Associação Nacional de Municípios Portugueses, entre as quais a organização do congresso desta estrutura — usou os temas em discussão para comprovar a tranquilidade de uma reunião em que o PS se apresentou com uma postura “construtiva e positiva”: o regimento de funcionamento do órgão; a delegação de representações do município em várias entidades da cidade; e a alerta sobre questões jurídico-legais em determinadas propostas da maioria.

“O PS fará o seu trabalho de escrutínio, de construção positiva por propostas”

Uma primeira reunião ordinária “muito, muito pacífica” em que o confronto político e ideológico esteve quase ausente, mesmo nas votações além do regimento, disse o vereador. Uma votação favorável aconteceu relativamente à proposta do próprio José Dias, na sequência de uma intervenção da vereadora do Somos Coimbra, Ana Bastos, para que Coimbra se unisse numa candidatura ao conjunto de Cidades Resilientes e Inteligentes da Europa. Na opinião do autarca, que é também Coordenador do Projeto Especial Student Hub da Universidade de Coimbra e membro do Núcleo de Apoio à Equipa Reitoral, considera que Coimbra tem todas as capacidades, incluindo “a universidade mais sustentável do país” — para ser uma das 100 cidades premiadas pela União Europeia. Outro assunto que não levantou qualquer discussão de acordo com José Dias, foi a aprovação da isenção de taxas municipais para a realização de atividades relacionadas com a Queima das Fitas, incluindo as noites na Praça da Canção. O assunto não surgiu na agenda de discussão e votação, ficando, depois do esclarecimento e compromisso de José Manuel Silva, para a reunião ordinária do dia 8 de novembro.

No domingo, dia do Cortejo da Queima das Fitas, a Associação Académica de Coimbra (AAC) mobilizou um protesto pela abolição da propina. José Dias sublinhou a justeza de reivindicar um ensino superior sem entraves económicos para abordar a proposta de Orçamento do Estado para 2022. Com votação na generalidade marcada para quarta-feira, José Dias defendeu a diminuição da propina e o aumento dos valores em bolsas de estudo e ação social inscritas na proposta do Governo. O ex-dirigente da AAC, afirmou ser “uma pena que o caminho seja interrompido” havendo a possibilidade de um OE2022 “amigo do Ensino Superior”.

O comentário de José Dias incidiu ainda na alteração do modelo de gestão do Convento de São Francisco, já anunciada por José Manuel Silva, e nas negociações do PS com Partido Comunista Português e Bloco de Esquerda sobre o OE2022.

A entrevista completa, está disponível no link acima (podcast RUC), ou na plataforma Spotify.