José Manuel Silva: “Temos que criar sinergias e potencializar as sinergias com os concelhos envolventes”

José Manuel Silva, candidato à Câmara Municipal de Coimbra pela Coligação Juntos Somos Coimbra (JSC), marcou o início do ciclo de entrevistas pré-eleitorais no Observatório de quarta feira, 25 de Agosto.

“Uma cidade que perde a sua população (…) é uma cidade com o seu futuro comprometido”.

Na sequência da informação noticiada pela RUC, o candidato começa por reconhecer a pertinência metafórica contida no conjunto das 112 medidas enumeradas no programa, a oito anos, da coligação, assim estabelecendo o sentido entre o “ciclo de declínio em que Coimbra se encontra” e a urgência das medidas propostas pelo JSC. A comprovar pelos mais recentes censos, a perda de população jovem foi determinante para tal cenário, afirma.

“Se Coimbra se culpa com a situação nacional, está a abdicar de ser capaz de ser o motor económico da região centro (…)”

Em discurso permeado por críticas à actual governação autárquica, identifica que Coimbra tende a refletir as próprias condições do país na medida em que espelha o desenvolvimento do país consoante as diversas fases que atravessa. Assim, vai descrevendo uma visão assente num princípio de destaque para Coimbra, não deixando de estabelecer comparação, por oposição à competição, com outras cidades do país que tiveram um nível de desenvolvimento positivo nos mais diversos sectores nos últimos anos.

” O presidente da câmara não é para andar a ver rotundas, […] é para ser um embaixador da cidade de Coimbra”

Sobre o investimento empresarial, não deixa de referir que Coimbra obteve o 3º pior lugar no ranking nacional de recuperação de empresas de 2020 para 2021. No conjunto das medidas propostas para um eventual mandato, José Manuel Silva destaca a necessidade de reorganizar a direcção política da CMC, de “reduzir a burocracia” e a desproporcionalidade das taxas urbanísticas. É desta forma que o candidato objectiva a mudança para uma estratégia proactiva na actuação autárquica prevista pela coligação que contempla também a recuperação “dos esqueletos industriais vazios espalhados pelo concelho” e “proporcionar um salto económico”, para os quais contribui, na visão do JSC, o aumento da habitação (que por sua vez conduzirá à descida dos preços no mercado imobiliário), a recuperação das habitações degradadas e aposta forte no desenvolvimento dos factores de atractividade empresarial. É esta a conjuntura planeada cujo desenlace se pode traduzir numa cidade inteligente e que se serve, por exemplo, do potencial da tecnologia IOT (Internet of Things).

No que concerne à mobilidade na cidade e sob nova chuva de críticas ao actual sistema governativo, José Manuel Silva deixa a garantia de que a coligação pretende corrigir aquelas que aponta como falhas da autarquia vigente, salientando os temas de destaque como a rede de SMTUC, a Ecovia e o Metrobus. Refere, entre outras, a preocupação com o meio ambiente e acrescenta que “a alta velocidade tem que passar em Coimbra”, porém tem que haver harmonia no desenvolvimento da mobilidade apontando, assim, os prejuízos de um cenário de centralização no país, entre as duas principais metrópoles: “Podemos […] exigir que Coimbra seja respeitada”.