Luís Coimbra: “O prolongamento das bolsas é insuficiente”

O Movimento Nacional de Estudantes de Doutoramento (MNED) enviou uma carta aberta ao ministro da Ciência e Tecnologia e Ensino Superior, Manuel Heitor.  O representante dos estudantes de doutoramento no Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC), Luís Coimbra, explicou à RUC os motivos que sustentaram a carta aberta enviada pelo MNED ao ministro da tutela. O prazo das entregas e as diferenças entre os estudantes de doutoramento preocupa Luís Coimbra. Apesar das medidas anunciadas como o prolongamento de bolsas por dois meses para determinados casos, nomeadamente nas situações em que a bolsa termine no primeiro semestre de 2021, Luís Coimbra considera as medidas em questão são insuficientes. Nesse sentido, é preciso mais na perspectiva do representante dos estudantes de 3º ciclo no Conselho Geral. Ou seja, na opinião de Luís Coimbra é necessário que o alargamento abrange todos os estudantes e não apenas os estudantes finalistas.

Estudantes internacionais geram preocupação

Além das questões relativas ao prazo de entrega das teses, o representante dos estudantes de doutoramento no Conselho Geral da Universidade de Coimbra, assinala pagamento de bolsas como um dos principais problemas a resolver. Neste âmbito, Luís Coimbra admite que a situação dos estudantes internacionais, nomeadamente dos estudantes brasileiros é “preocupante”. A desvalorização do “real” que se acentuou no último ano tem provocado dificuldades a muito estudante internacional, remata Luís Coimbra.

Mais problemas estão para chegar, admite Luís Coimbra

Relativamente aos problemas provocados pela actual crise económica e social, Luís Coimbra admite que o “pior está para vir”. Na perspectiva de Luís Coimbra, o aumento do desemprego e as dificuldades de financiamento vão-se sentir mais no próximo ano letivo.

Questão da Saúde mental preocupa Luís Coimbra

Já a terminar a entrevista, o tema da Saúde Mental foi alvo de análise por parte de Luís Coimbra. O representante dos estudantes de 3º ciclo no conselho Geral da Universidade de Coimbra, relembrou que os estudantes de doutoramento são propícios a problemas de depressão e ansiedade. Os prazos apertados, as dificuldades laborais, conjugadas com a situação de confinamento geral imposta pelo governo explica um aumento dos problemas do foro mental. Luís Coimbra elogiou a plataforma uCare, mas deixa o aviso: “não vamos conseguir resolver os problemas da saúde mental sem investimento”.

A entrevista pode ser escutada na integra no serviço de Podcast RUC ou no Spotify.