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24.04.2025POR Rodrigo Oliveira

Sapadores florestais exigem reconhecimento da carreira profissional

Os sapadores florestais de Coimbra, reconhecidos pelo município como assistentes operacionais, manifestaram-se à frente do edifício da autarquia pelo reconhecimento da carreira profissional, na véspera da celebração do 25 de abril.

Os oito sapadores florestais de Coimbra, que integram o Sindicato Independente dos Trabalhadores da Floresta, Ambiente e Proteção Civil (sinFAP), estiveram hoje em greve e manifestação junto à Câmara Municipal de Coimbra (CMC). Em causa está a falta de reconhecimento profissional e a ausência de pagamento do suplemento de penosidade e insalubridade.

Alexandre Carvalho, presidente do sinFAP, deixa bem claro a principal questão deste caso. Segundo o dirigente sindical, “o grande problema são as pessoas em volta do Sr. Presidente da câmara, que não lhe passam a devida informação”. Por essa razão considera que a manifestação foi um êxito, porque conseguiram falar diretamente com o autarca.

Alexandre Carvalho revela que os sapadores estão a receber o salário mínimo porque são reconhecidos apenas como assistentes operacionais. Em reunião com o presidente da câmara, em novembro de 2024, o mesmo garantiu que os trabalhadores eram elegíveis para integrar na carreira profissional. No entanto, em janeiro deste ano, a posição da autarquia era diferente. O dirigente do sindicato avança ainda que o município mentiu ao afirmar que os sapadores florestais se recusaram a receber o suplemento de penosidade e insalubridade.

Para o presidente da sinFAP, integrar na carreira profissional “significa mais salário, mais motivação para trabalhar, um reconhecimento profissional e um reforço efetivo dos sapadores florestais do município”. Após a manifestação, o sindicato decidiu que a luta pelo suplemento deixou de estar nas reivindicações, e colocou o reconhecimento da profissão como exigência principal.

Qual o futuro desta luta? Alexandre Carvalho revela que a reunião que possam ter com o presidente da câmara não invalida o processo judicial que o sindicato tem contra o município. Para o dirigente sindical, cabe agora à autarquia decidir fazer o acordo com os trabalhadores, sob pena de ser processada.

A greve e manifestação teve adesão total dos sapadores florestais, que revelaram realizar funções reservadas a cantoneiros e outros profissionais. Os oito trabalhadores reivindicaram ainda por novos materiais de trabalho.

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