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23.05.2025POR Rodrigo Oliveira

Serenata com estudantes divididos

Serenata Monumental no Largo da Sé Velha, uma noite marcada pelos opostos: entre a experiência “ao vivo e a cores” e a de quem não conseguiu ver ou ouvir as baladas.

A noite da Serenata é uma experiência única na vida académica dos estudantes de Coimbra, ainda mais para os “finalistas” que se despedem da cidade e dos amigos. A edição deste ano voltou à Sé Velha, com regras impostas pelas forças de segurança, e as opiniões de quem esteve nessa noite dividem-se.
Do lado de dentro do recinto, João Valor, do segundo ano de Relações Internacionais, afirmou que a restrição ao espaço não estragou “uma noite muito bonita”. No entanto, confessou que, mesmo com as medidas impostas, sentiu os estudantes apertados uns contra os outros.

Mesmo para quem tinha pulseira e teve a oportunidade de sentir a Serenata ao vivo, as limitações impactaram algumas tradições. António Silva, do terceiro ano de Direito, criticou a escolha do espaço e lamentou não poder traçar a capa aos afilhados.

Os restantes estudantes que não puderam aceder ao recinto ficaram concentrados junto ao ecrã gigante na Porta Férrea. O tamanho do televisor e a qualidade do som satisfizeram apenas os que estavam mais próximos. Junto aos departamentos de Física, de Química e da Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra, já não se ouvia música.

Para compensar, vários estudantes juntaram-se em atividades diversas, desde conversas, beber “finos” ou comer pipocas. É o caso de Priscila Xu, estudante de segundo ano em Ciências Farmacêuticas, que preferiu jogar às cartas com as amigas.

No geral, os estudantes consideraram um ambiente tranquilo, mas animado, com a tristeza característica da celebração. Ângelo Afonso, comissário responsável pela Serenata, revelou uma noite calma para a polícia e confessou que não sentiu o recinto a atingir a capacidade máxima.

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