Docentes reivindicam o “respeito que merecem” na manifestação na baixa de Coimbra

Uma manifestação organizada por um grupo de docentes teve lugar na tarde de terça-feira, dia 21 de novembro. No local estiveram, ao todo, 13 docentes e eram esperados outros colegas, que, segundo a Polícia de Segurança Pública, estavam em reuniões.

“Sem escola não há uma sociedade democrática e atenta, com capacidade de sentido crítico”, foram as palavras de um professor que se decidiu juntar à manifestação. À frente da Câmara Municipal de Coimbra, o grupo apelou ao Governo por respeito para com a sua profissão.

Os docentes dirigem-se ao Governo e pedem respeito para com a sua profissão. Aos pais, relembram a importância do ofício na difusão da escola pública na sociedade. É o seu papel, como docentes, reforçar esta ideia de que a escola pública é inclusiva para todos.

Com o aumento das manifestações, os encarregados de educação estão a tomar consciência da gravidade da situação, afirmam os presentes. Alguns juntam-se aos profissionais de educação na sua luta por melhores condições.

A falta de professores que hoje se sente em algumas partes do país vai ser alastrada por Portugal inteiro, nos próximos 5 anos, alegam os manifestantes. “Todos vamos sentir esta falta de docentes em todas as escolas”, afirma uma profissional.

Conforme apontam os profissionais de educação, o Governo parece não mostrar qualquer tipo de preocupação para com estas problemáticas.

Os docentes queixam-se ainda das condições das escolas, as quais não proporcionam um bom ambiente de aprendizagem para os estudantes.

“O professor é alguém que não só ensina os alunos como também conversa com eles. É uma espécie de educador e um ombro amigo, no meio de crianças e jovens que muitas vezes têm dificuldade em se relacionar e aprender”, defende um dos docentes.