Paulo Trincão: “É um produto que Coimbra colocou na Europa” [sobre o filme Astronomia para Bébés]]

Paulo Trincão, em entrevista à RUC, no programa Observatório de terça-feira, dia 7 de junho, começa por dar uma abordagem mais profunda daquilo que é o trabalho do Exploratório Centro de Ciência Viva e das atividades que nele se inserem durante a época de interrupção escolar.

A pensar nos mais pequenos, o Exploratório vai inaugurar já no mês de julho um “Labirinto de Ciência”, que consiste num percurso com paredes de um metro e meio, onde os adultos conseguem ver e acompanhar as descobertas dos mais pequenos.

Ainda dentro da formação didática para crianças e até 2025, irá decorrer um projeto piloto onde os dois primeiros meses serão de teste, esta que é uma parceria com a Câmara Municipal, denominado “Ciência Viva”. Os jovens vão ter o primeiro contacto com a ciência e passar uma semana inteira no Exploratório, uma iniciativa que é bem recebida pelos pais. O objetivo, segundo o diretor é alargar este projeto à Comunidade Intermunicipal e aos 19 municípios.

“Temos sempre um cientista que está com eles um dia e fazem a primeira imersão em Ciência. É um projeto único no país (…)”

Erasmus de Diretores é outra das iniciativa que o Exploratório vai ter já no mês no Junho. Dando assim a oportunidade a diretores de outros museus de partilharem experiência e conhecimentos com os demais participantes. A primeira a dar a conhecer a sua vivência durante três dias é a diretora do Museu do Coa, Aida Carvalho.

Para além destas iniciativas, o Exploratório de Ciência Viva, tem dias específicos do calendário onde promove a leitura e além do mais tem projetos já em curso e outros por iniciar em vários pontos da região, tais como, na Pampilhosa da Serra, Poiares, Alcobaça e Mata do Buçaco.

“Queremos ser um grande Centro Regional da Região Centro muito com o coração na nossa Comunidade Intermunicipal de Coimbra”

O filme “Astronomia para Bebés” construído com a musica de Maria João e animação de Cristina Sampaio, é para Paulo Trincão um motivo de orgulho pois está a ser exibido em Coimbra e em La Villette (Parque Urbano em Paris). Segundo o diretor do Exploratório, está a ser um grande êxito e as sessões estão a maior parte das vezes esgotadas.

“É um produto que Coimbra colocou na Europa. É um pretexto para descobrir o universo em família”

Paulo Trincão, também diretor do Museu da Ciência, conta que não estão previstas atividades de verão para o público , mas que estão a trabalhar em requalificar certos espaços e coleções. A titulo de exemplo, está o Museu Académico que prevê a sua inauguração já no próximo ano letivo.

Incluído nos trabalhos que não têm um resultado visível e imediato para a comunidade, está o Colégio Jesus, onde daqui a uma semana, terminam as requalificações, no piso -1, num espaço de cerca de mil metros quadrados onde vão ser transferidas várias coleções de grande riqueza para a cidade.

Na continuidade da conversa, Paulo Trincão, alerta para a espólio que a Universidade de Coimbra detem e refere que Coimbra é uma cidade onde a ciência é elevada e que não há muitas cidades no país com a densidade de ofertas que Coimbra tem.

O diretor do Museu da Ciência corrobora das palavras do reitor Amílcar Falcão proferidas no inicio deste ano escolar, onde dizia que era necessário encontrar um modelo em que o estado central se responsabilize pelo espólio que a Universidade tem preservado sozinha durante séculos.

“E esta é a grande contribuição dos nossos 250 anos, apresentar um outro modelo de sustentabilidade futuro, mantendo a independência da Universidade”, afirmou o diretor do Museu da Ciência.

A entrevista na íntegra pode ser ouvida através do link que se encontra no topo do artigo.