Investigação Luso-brasileira desenvolve produtos para controlo do mosquito do Dengue e da Febre-Amarela

Conversámos com Hermínio Sousa, investigador do Centro de Investigação em Engenharia dos Processos Químicos e dos Produtos da Floresta (CIEPQPF) da UC e coordenador do projeto, que nos falou sobre o estudo que desenvolveu sistemas de larvicidas e sua inovação.

Estes sistemas parecem revelar vantagens significativas na capacidade de atração ou repelência de insetos vetores de doenças como a Dengue, Zika, febre Chikungunya, febre amarela e febre do Nilo Ocidental que no futuro poderão estabelecer-se na europa mediterrânea, sendo mais inofensivos para o meio ambiente que os larvicidas e inseticidas sintéticos.

O estudo sofreu alguns atrasos devido à pandemia do COVID-19, mas procura financiamentos para finalizar a terceira parte do projeto, que passa pelo desenvolvimento de materiais repelentes para os mosquitos e que possam ser usados para proteção humana.

Estão a ser desenvolvidos contactos, através da Fundação Oswaldo Cruz, no Brasil, para o desenvolvimento e futura comercialização do produto.

O projeto designado “Formulações inovadoras de base natural para o controle do Aedes aegypti nas regiões ibero-americanas”, envolve ainda a participação de outros investigadores do CIEPQPF-UC (Mara Braga, Marisa Gaspar, Ana Dias e Carla Maleita) e foi realizado ao longo dos últimos quatro anos no âmbito de uma cooperação bilateral entre Portugal e o Brasil, tendo sido financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT) e pela CAPES (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior, Ministério da Educação do Brasil).

Fotografia: UC