Wet Bed Gang encantaram fãs e saciaram sede de concertos
A primeira noite no Parque da Canção não desiludiu os que apreciam o coletivo de Vialonga. O recinto esteve bem composto. Os que seguem a banda interagiram com os quatro músicos que estavam em cima do palco, entoaram rimas e aceitaram desafios.
Já não é só o Quim Barreiros que faz a festa na Queima das Fitas de Coimbra. O hip-hop chega cada vez a gente mais nova e aos cartazes das festas estudantis. Procuram-no nas redes sociais e nas plataformas de streaming e fazem dos mestres-de-cerimónias os reis das festas académicas.
Na noite de Medicina em Coimbra, o cartaz do Palco Principal apostou em Rony Fuego, para abrir a noite no palco patrocinado pelo Fórum Coimbra. Depois os Wet Bed Gang chegaram para encantar os muitos jovens fãs que os aguardavam.
A constante movimentação de Gson, Zizzy, Zara G e Kroa, a iluminação e as labaredas aqueceram a alma do público que sabia as rimas de cor. No final, na conferência de imprensa, Gson exprimia desta forma o contentamento do grupo. “Foi um concerto muito fiche” e “obrigado Coimbra”, disse.
Nem a abertura tardia das portas, nem as filas de carregamento das pulseiras que substituíram o dinheiro, esmoreceu o entusiasmo do público. Lançado que foi o primeiro álbum dos Wet Bed Gang – ‘Ngana Zambi‘ – durante a pandemia, o trabalho procurou manter a aproximação aos muitos que os seguiam. “O que nos move é manter o público do nosso lado”, afirmou Zizzy.
O álbum contou com a participação de Bonga na narração. Os 14 temas do trabalho foram sendo ouvidos nas plataformas de streaming e os admiradores foram-se consolidado. Para Zizzy o concerto de Coimbra provou que o público não os esqueceu.
“Não Tens Visto”, tema de 2016 deu os Wet Bed Gang a conhecer ao mundo. Na estrada desde 2017, seguiram-se dois bons anos. Em 2019 a pandemia parou os concertos, numa altura em que o grupo estava “na melhor fase”. Zizzy reforça que o concerto da Queima das Fitas de Coimbra deu para “lavar as almas”.
Domingo dia 30 os Wet Bed Gang vão estar na Receção ao Caloiro em Évora. O próximo ano vai ser um ano “de coisas bonitas para os nossos fãs a sério”, prometeram os miúdos “do Bairro”, como gostam de se designar. Em fins de fevereiro contam acolher os fãs num espaço a que chamaram “a nossa casa” mas que pode ser uma sala emblemática de Lisboa.
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