Câmara de Coimbra em debate sobre a Alta Velocidade em Coimbra-B

A atração principal da reunião da Câmara desta segunda-feira foi a possível passagem das linhas de comboio de alta velocidade por Coimbra e a existência – ou falta – de uma estação capaz de albergar uma paragem para o chamado TGV.

O tema voltou às bocas dos vereadores, após a Câmara divulgar a intenção por parte das Infraestruturas de Portugal em colocar uma paragem da alta velocidade no tecido urbano de Coimbra. Segundo Manuel Machado, esta é a primeira informação oficial que surge e que levanta a necessidade de debate, mas sem por em causa os atuais planos para Coimbra-B.

A prioridade para a Câmara Municipal é garantir que os projetos e obras já aprovados para a estação velha não sejam comprometidos por esta nova informação, que para o Presidente da Câmara, poderia colocar o projeto do Metrobus em pausa.

A visão dos vereadores da oposição é dissonante, colocando em causa o projeto atual de requalificação para Coimbra-B, que no seu entender nunca teve em mente a adaptação para a alta velocidade. A vereadora do Somos Coimbra, Ana Bastos, defendeu que a intenção de passar a alta velocidade por Coimbra já era conhecida desde 2006, e que tanto o projeto para Coimbra-B como o da pista de BMX ou do terminal rodoviário no estacionamento da estação vão contra a adopção do TGV.

Já Manuel Machado, que convocou uma reunião da Comunidade Intermunicipal da Região de Coimbra para debater este assunto, vê o atual projeto como um passo importante e que a passagem do TGV implicaria sempre uma segunda estação ferroviária.

Um argumento que não é partilhado pela oposição, que continua a apelar à adopção do projeto realizado pelo arquiteto Joan Busquets para o Metro Mondego, que já integraria as linhas de alta velocidade.

Remetido para reunião extraordinária do Executivo ficou o tema de um novo acordo com as Águas do Centro Litoral, relativo a investimentos apoioados por fundos europeus para requalificação do sistema de tratamento de água da cidade de Coimbra. Tema que está de momento em litigação por falta de investimentos por parte da entidade das Águas do Centro, mas cujos vereadores da oposição afirmam não ter sido divulgado atempadamente para que possam dar o seu parecer. O Executivo Camarário volta então a reunir-se esta sexta-feira, dia 18 de Junho, pelas 17:00 para dar seguimento a esta discussão.