Menor – Festival de Música Electrónica: Em detalhe com Alexandre Lemos

O término do curto mês de Fevereiro chega a Coimbra ao abrigo de Menor, com a sua primeira edição de um festival dedicado à experimentação sonora que nos chega com a produção do Teatro Académico de Gil Vicente e com curadoria de Alexandre Lemos.

Três dias atípicos de convergência para os entusiastas das texturas electrónicas, das artes digitais e da apresentação de dispositivos multidisciplinares, à semelhança mas à parte de outras iniciativas análogas em Portugal. Menor, vem com um pedido de imersão e escuta atenta dos engenhos possíveis através da manipulação sonora.

A Rádio Universidade de Coimbra conversou em três instantes com o organizador Alexandre Lemos acerca da programação do festival referente a cada dia.

 

Dia 24, Sexta feira

O festival arrancava no corredor da RUC com 2 horas asseguradas pela equipa do Vektor numa emissão especial em formato DJ set, 5 elementos diferentes foram além das sonoridades delicadas do festival e mostraram o gosto pelo emergente que tanto transmitem na frequência dos 107.9fm.

No TAGV, às 21h30 KMRU e Aho Ssan apareciam pela primeira vez juntos em palco em Portugal, para apresentar o seu trabalho Límen, um artifício que só juntos podem manusear, concerto que em breve estará descrito em crónica no final do festival pelos membros da RUC que se encontravam hipnotizados nas cadeiras reverberantes do Teatro.

A noite seguia com uma aparição espectral de Jonathan Uliel Saldanha, invisível em palco, presente através da sua estrutura de colunas ativas e passivas que quase automava a sua peça Hyper Ikonostasis, outro concerto que estará inserido na crónica de rescaldo do festival.

 

Dia 25, Sábado

Algum do mesmo público e outros que curiosamente se juntavam ao Menor, encontrariam duas atuações inéditas, tal como prometem as traves mestras do organizador, abrindo a noite em transe com a dupla Tropa Macaca, exploradores sónicos em perpétua sincronia.

Seguia uma performance íntima e delicada de Bella Báguena, da qual ainda estamos a assimilar este que foi um dos pontos altos do festival, podendo apenas deixar para o final do evento a descrição do seu concerto para o qual agora faltam palavras.

Dia 26, Domingo

O último dia do festival irá culminar às mãos de Pedro Roque, ou Cavernancia, num espetáculo de lotação limitada e configurações de palco às quais não estamos habituadas por parte do TAGV – uma encomenda para o Menor, um arrasto de drone intenso e metálico do melómano que nos pretende reestruturar a rede neural depois de 3 dias alto volume. Além das atuações, o Menor conta também com transmissões em direto da Rádio Universidade de Coimbra, da Rádio Baixa e uma homenagem do sonoplasta Luís Antero ao querido Afonso Macedo, arquitetada pelo sonoplasta através da seleção de diversos programas do locutor, amigo e ícone da cidade.