AUTOR: Programação RUC

DATA: 05.06.2023

DURAÇÃO: ...

Crónica sobre Pledge, banda que subiu ao Palco RUC na segunda noite da Queima das Fitas, a 20 de Maio.


Um dos grupos mais intensos e explosivos a norte do país prepara-se hoje para rebentar com o Palco RUC. Chamam-se Pledge e trazem até Coimbra o seu post-hardcore!
Actualmente, o grupo é formado por Sofia Magalhães na voz, Vasco Reis na guitarra e sintetizadores, Hugo Martins na guitarra, Vítor Vaz no baixo e Filipe Romariz na bateria, mas tudo começou lá atrás, em 2005, numa época fervilhante para o underground do punk hardcore nacional, quando Hugo e Sofia decidiram formar os On Equal, uma banda de scream. Treze anos depois, juntaram os músicos que já mencionámos e evoluíram para os PLEDGE que, mesmo divididos entre Viana do Castelo e Porto, nunca viram na distância um impedimento para se organizarem e tocarem juntos. 2019 viu chegar um primeiro EP, “Resilience”, e em dezembro do mesmo ano, a banda entrou em estúdio para gravar o seu álbum de estreia, “Haunted Visions”, inicialmente previsto para 2020 mas editado apenas em 2021 (obrigadinha, pandemia de COVID-19). É possível
perceber na dezena de faixas o conceito que, segundo o grupo, está por detrás do álbum: uma viagem pelas paisagens obscuras da mente, uma constatação da existência da nossa própria sombra e sub-consequente aceitação da mesma. No fundo, a música dos PLEDGE resulta de “visões assombradas por memórias e ecos do Passado, contaminadas por expectativas de um Futuro, quando nada mais existe além do Presente”.

Há no som dos PLEDGE elementos pouco convencionais dentro do post-hardcore, nomeadamente a eletrónica e sintetizadores trazidos por Vasco e as versáteis vocalizações de Sofia, mas o resultado são músicas bastante pesadas, mesmo que algumas mais experimentais, nunca descurando a identidade post-hardcore dos PLEDGE. Pouco depois da sua estreia, o grupo atuou no SonicBlast em Moledo, num concerto tão explosivo e para uma sala tão cheia que havia literalmente pessoas a saírem pelas janelas. Têm sido estas intensas atuações ao vivo a contribuir para a crescente popularidade da banda, que se lança sempre ao palco sem medo, mostrando o seu carisma e carácter genuíno, bem como a sua frontalidade e destreza com os instrumentos que utilizam. Em poucos anos de existência, já tocaram por todo o país, incluindo na abertura para os norte-
americanos Glassjaw, e cruzaram também a fronteira, atuando num festival galego. Chegam agora ao palco RUC e prometem nada menos que uma noite memorável!

 

Alinhamento:

Pledge – The Peter, The Wolf
Pledge – Yardbird


Crónica por Leonor Duarte