Observatório

Os programas de recuperação e resiliência de resposta à crise causada pela pandemia têm de incluir “não só mais emprego, mas também mais emprego digno”, defendeu hoje o presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ).

Palavras proferidas no início da Conferência de Juventude da União Europeia (UE), sob o tema “Participação dos jovens nos processos políticos e de tomada de decisão a nível local, regional, nacional e europeu” que realizou de forma virtual a partir de Vila-Nova-de Gaia e que está Enquadrada na presidência portuguesa do Conselho da UE.

João Pedro Videira destacou à Agência Lusa que a geração “mais bem preparada de sempre” para “enfrentar os desafios do futuro” precisa de ter “as condições para tal”. E que isso passa por “estabilidade a nível contratual”, concretizou.

Para além da do reforço do Garantia Jovem, iniciativa dirigida a pessoas com menos de 30 anos desempregadas ou que saíram do sistema educativo e formativo, João Pedro Vieira indicou outras necessidades na contratação na Administração e no Acesso à Habitação.

Enquadrada no trio de presidências do Conselho da UE (Alemanha, agora Portugal e a seguir Eslovénia), a Conferência de Juventude é uma “fase intermédia” entre a auscultação de preocupações e a apresentação de medidas. O presidente do Conselho Nacional da Juventude (CNJ), refoçou a necessidade das medidas para que os jovens tenham condições de definir o seu próprio destino.

Em paralelo à conferência, realizou-se uma maratona digital –, na qual se inscreveram “cerca de 120 jovens” dos 27 Estados-Membros da UE.
Durante 48 horas, os participantes na maratona “Solve the gap” vão ter contacto com mentores e especialistas de várias entidades, entre os quais a comissária europeia com a pasta da Juventude, Mariya Gabriel, e o fundador da WebSummit, Paddy Cosgrave.
O objetivo da maratona é escolher uma ferramenta que facilite e estimule a participação da juventude europeia e assim “deixar algo para futuro, que possa ser utilizado por todos”, explicou o presidente do Conselho Nacional da Juventude.

lembramos que uma sondagem realizada pela Universidade Católica, em conjunto com o CNJ, revelou que, em média, apenas metade dos 1,6 milhões de jovens portugueses votou nas últimas presidenciais.

(Com Agência Lusa)

“A taxa de desemprego jovem na União Europeia ascendeu a 17,6% em agosto de 2020 (contra 14,9%, em média, antes da crise da COVID-19) e prevê-se que continue a aumentar acentuadamente, nota o Parlamento Europeu (PE). Em Portugal, a taxa de desemprego jovem em agosto fixava-se nos 26,3%.” – Fonte: Parlamento Europeu

Técnica de Tiago Gama

Fotografia: Parlamento Europeu | @JackF