Livros Para Que Vos Quero
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UM PROGRAMA DE:
Isabel SimõesO presidente da associação Apigraf a Associação Portuguesa das Indústrias Gráficas e Transformadoras do Papel (Apigraf) afirma, em declarações à Lusa, que o setor editorial do livro voltou a crescer em 2022 e que, depois do “drama” do primeiro semestre de falta de papel, o mercado está “estabilizado”.
José Manuel Lopes de Castro falava à Lusa a pouco menos de uma semana do encontro anual da Apigraf, que decorre a 11 e 12 de março, no Luso, e onde será feito um balanço de 2022, que fechou “positivo” e irão também falar dos 170 anos do associativismo gráfico.
Em relação ao encontro anual, refere que o balanço será feito sem números, “porque não há números fechados”, mas há “sensibilidades”.
A Apigraf vai partilhar no encontro vários temas, o responsável salienta que o setor é muito mais do que as artes gráficas, inclui o setor editorial, o da embalagem, os dos rótulos, só para citar alguns.
Por exemplo, no setor editorial livro acontece um “fenómeno estranho positivo” diz, que é contrário ao editorial jornal e revistas. O número de leitores está a aumentar no setor livro.
Lopes de Castro considera que as notícias da morte do livro foram manifestamente exageradas e estes dados de 2022 comprovam isso: “Já foi considerado morto várias vezes, está a subir, está a crescer e há indicadores de que está para ficar e bem”.
Agora, “o jornal, todos, todos baixaram muito de tiragens”, enfatiza, apontado que algumas até são “residuais”.
No caso português, há o Diário de Notícias (DN), que saiu do papel e depois regressou, mas com baixas tiragens.
“Há uma coisa que me parece que está comprovada: os subscritores do jornal ‘online’ são os compradores do jornal em papel”, refere José Manuel Lopes de Castro.
O mesmo acontece com os leitores de livros, que são os compradores dos ‘ebooks’ [livros eletrónicos] Kobo e Kindle, “esses aparelhos não criaram novos mercados de leitura”, refere.
“Agora, o drama que vivemos o ano passado, no primeiro semestre, não termos matéria-prima foi complicado” e isso teve consequências, entre os quais jornais “encerraram” e “há projetos editoriais que não foram realizados porque simplesmente não foi produzido, não havia matéria-prima”, diz.
Com Agência Lusa
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