Livros Para Que Vos Quero
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UM PROGRAMA DE:
Isabel SimõesO Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) acolheu uma extensão do CineEcoSeia nos dias 18 e 19 de janeiro. Para além das curtas e longas normais, ontem, houve lugar à apresentação do livro “Cinema Ambiental em Portugal – Filmes do mundo, em 25 anos de CineEco, Seia, 1995-2020” de Mário Branquinho
O autor, director do festival CineEcoSeia, tem acompanhhado os últimos 25 anos do Festival Ambiental de Seia. Coube a Mário Branquinho e diretor do festival CineEco Seia apresentar a sua própria obra. Um livro que se sentiu “na obrigação de escrever”, disse.
Idealizado como festival sobre as temáticas do ambiente em 1994, o CineEco Seia teve início no ano seguinte, no ãmbito das atividades da Câmara Municipal de Seia.
O cineasta Lauro António foi o primeiro diretor do festival em 1995. Mário Branquinho lembrou que a forma de trabalhar o cinema documental “está muito democratizada”. As temáticas ambientais deixaram de ser só a paisagem e as árvores, explicou o autor.
Hoje fazem-se curtas com qualidade usando um telemóvel. O livro conta a história de como Seia se tornou o centro do cinema Ambiental e começou a ser escrito no início da pandemia. Baseia-se na experiência vivida pelo autor e nas pesquisas nos documentos dos arquivos municipais e do CineEco. A obra faz a história de um festival que é, na opinião do autor, “uma bolsa de resistência”.
O festival tem conseguido atrair a atenção de cineastas de trinta a quarenta países e encanta públicos diversos. Durante o dia são as escolas que assistem. Nas sessões das 18h e das 21h30, chegam os públicos atraídos pelos padrinhos, embaixadores que divulgam a programação. Ao longo do ano os filmes são partilhados com mais de oitenta parceiros, em todo o território nacional.
No âmbito do CineEco, foi criada em 2013 a ‘Green Film Network’ que agrega vários festivais internacionais sobre ambiente. A rede permite intercâmbio e partilha de conhecimento entre os vários festivais de todo o mundo.
Em 2018 realizou-se em Seia o primeiro fórum de festivais de cinema de ambiente. Na altura pelo Centro Interpretativo da Serra da Estrela e pela Casa da Cultura de Seia passaram 35 diretores de festivais de todo o mundo desde o Japão, Índia, Brasil ou da Europa. Em destaque esteve a importância do cinema “para a promoção dos valores ambientais”.
Um agradecimento especial ao TAGV.
Fotografia: TAGV