AUTOR: Isabel Simões

DATA: 04.01.2025

DURAÇÃO: ...

Assembleia Municipal de Coimbra aprovou as GOP – Grandes Opções do Plano e Orçamento para 2025. Durante a sessão foi acesa a discussão sobre o documento previsional que vai guiar o executivo no ano que agora começou. Hoje não vamos trazer a análise do documento em si do ponto de vista técnico, mas parte da discussão que diferentes forças políticas levaram à Assembleia Municipal de dia 19 de dezembro.

O documento foi aprovado com 24 votos a favor, 21 dos partidos que formam a Coligação Juntos Somos Coimbra, dois do PS e um do Chega. Dezoito deputados municipais do PS abstiveram-se e os cinco da CDU também. Os dois deputados do CpC votaram contra.

Lembramos que na discussão do documento no executivo camarário os quatro vereadores do PS tinham votado contra e, caso o PS tivesse mantido o sentido de voto na Assembleia Municipal, as GOP e Orçamento para 2025 não teriam passado.

Ferreira da Silva, líder da bancada socialista, teceu fortes críticas ao documento, mas o PS não quis que a Coligação Juntos Somos Coimbra justificasse com um possível chumbo das GOP e Orçamento o que considerou ser “a má gestão da coisa pública” e a maioria dos deputados do PS abstiveram-se.

“Coimbra continua a morrer por dentro” – afirmou a deputada Graça Simões do CpC o Movimento Cidadãos por Coimbra. O CpC voltou a votar contra o documento provisional da Câmara de Coimbra, desta vez para 2025. Para o CpC há “grande empolamento do Orçamento sem haver garantia de execução” e a cidade “continua a morrer por dentro”.

Fotografia: Câmara Municipal de Coimbra

Quanto à Bienal Anozero, o CpC não compreende que tenha financiamento cinco vezes menor do que o que considerou serem “intrigantes protocolos e programação convergente Coimbra-Brasil”.

A CDU, à semelhança de anos anteriores, absteve-se. Pinto Ângelo, deputado municipal, considerou que existem “opções que têm prejudicado os habitantes do concelho” voltando a exigir “que os Municípios sejam adequadamente ressarcidos dos aumentos de despesa a que foram sujeitos pelo bloco central” com a descentralização de competências em áreas como a saúde e a duração.

O deputado comunista lamentou os preços altos de habitação que afastam as pessoas para as periferias e criticou o aumento das taxas do IMI “sem que se esgotem alternativas mais amigas dos munícipes”

O presidente da Junta de Santo António dos Olivais, Francisco Rodeiro, deputado do PSD, partido que faz parte da Coligação Juntos Somos Coimbra, deu nota de serem necessários mais parques de estacionamento periféricos e de mais policiamento do trânsito juntos dos hospitais Pediátrico e CHUC.

No entanto, Francisco Rodeiro louvou “o esforço de renovação” de escolas públicas da sua freguesia como a Eugénio de Castro e a Alice Gouveia e as intervenções em bairros municipais. Quanto à Cultura, apelou a que as iniciativas “sejam descentralizadas”.

Na área do Ambiente constatou “esforço”, mas entende que “há longo caminho a percorrer” – “Há escassez de papeleiras e de ecopontos e empobrecimento de mobiliário urbano”, lamentou o presidente da Junta de Santo António dos Olivais.

Em próximo programa trazemos-lhe os pontos de vista do CDS, o apelo de Carlos Figueiredo do PSD, o agradecimento de José Manuel Silva pela aprovação e a apresentação do documento por Miguel Fonseca, vereador responsável delas finanças da Câmara Municipal de Coimbra.