Há Vida(s) Nesta Cidade!
sábados (14h00)
A ditadura da actualidade deixa para trás histórias de vida(s) de pessoas e instituições. A Rádio também se faz de pequenos momentos de intimidade em que as almas se abrem aos outros. Há Vida(s) Nesta Cidade propõe-se dar a conhecer gente que não pisa a ribalta da “espuma dos dias”.
UM PROGRAMA DE:
Isabel Simões
Luís Torgal que disse de si próprio ser “um viajante no tempo e no espaço e no domínio das amizades” deu à estampa na editora Temas e Debates um livro sobre os Intelectuais e a PIDE.
“Brandos Costumes… O Estado Novo, a PIDE e os Intelectuais”, obra coordenada por Luís Reis Torgal contou com a colaboração de alguns dos seus ex-alunos, ex-orientandos e colaboradores próximos. O livro foi apresentado ontem, dia 14, no Colégio da Trindade por Fernando Rosas.
“É outra dimensão da repressão da ditadura”, afirmou o historiador Fernando Rosas ao apresentar o livro “Brandos Costumes… O Estado Novo, a PIDE e os Intelectuais”. A apresentação da obra foi pretexto para encontro de alunos, colegas historiadores, amigos e família, esta tarde no Colégio da Trindade. No encontro denominado “Luís Reis Torgal – Um Percurso de Vida” foi possível conhecer a vida do historiador através do perfil desenhado por Maria Manuela Tavares Ribeiro, sua colega na Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra (FLUC) e no Centro de Estudos Interdisciplinares do Século XX (CEIS20).
Reis Torgal “é um resistente”, afirmou a investigadora, contribuiu “para a criação do curso de jornalismo na FLUC e é “uma referência nacional e internacional na investigação histórica”, lembrou. Agora com oitenta anos de vida e 56 de investigador, o fundador do CEIS 20, “deixou escola”, mencionou Maria Manuela Tavares Ribeiro .
Já Fernando Rosas aproveitou o momento para falar do livro e dissertar sobre a violência exercida pelas diversas polícias políticas do Estado Novo, com especial foco sobre a a PIDE .
Luís Reis Torgal é professor catedrático jubilado da FLUC e fundador do CEIS20. O historiador publicou obras como “A Universidade e o Estado Novo” em 1999, Estados Novos, Estado Novo em 2009, Prémio Joaquim de Carvalho da Imprensa da Universidade de Coimbra e “António José de Almeida e a República” entre 2004- 2005 e que foi Prémio de História Contemporânea da Academia Portuguesa da História.
Fotografia: Cláudia Morais
