Há Vida(s) Nesta Cidade!
sábados (14h00)
A ditadura da actualidade deixa para trás histórias de vida(s) de pessoas e instituições. A Rádio também se faz de pequenos momentos de intimidade em que as almas se abrem aos outros. Há Vida(s) Nesta Cidade propõe-se dar a conhecer gente que não pisa a ribalta da “espuma dos dias”.
UM PROGRAMA DE:
Isabel SimõesNão mereceu consenso, na última reunião de Câmara, a proposta de aumentos em serviços prestados pelas duas empresas municipais, Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra (SMTUC) e Águas de Coimbra. Os aumentos decorrem de recomendações das entidades reguladoras e do Governo, justifica a maioria que governa o Município de Coimbra.
Hoje trazemos-lhe a discussão destes dois temas na reunião do executivo da última segunda-feira, dia 13 de novembro. Embora disponível nas redes sociais da Câmara Municipal, por vezes é preciso voltar a ouvir os pontos de vista dos diferentes partidos e coligações sobre questões tão importantes como o preço da água e da mobilidade no concelho
Francisco Queirós, vereador eleito pela CDU, lembrou que a água é um bem essencial sem o qual os seres humanos não conseguem viver. Segundo o vereador da CDU o negócio da água, nos dias de hoje, concorre com os negócios das armas e da droga. O vereador assinalou também a discrepância entre os valores recomendados pela Entidade Reguladora dos Serviços de Águas e Resíduos (ERSAR) e pela empresa Águas Centro Litoral.
Partido Socialista (PS) vota, pela segunda vez em dois anos, contra o aumento da tarifa da água. Coube ao vereador José Dias apresentar os motivos da discórdia sobre o aumento do preço da água.
Hernâni Caniço, vereador eleito pelo Partido Socialista gosta de expor argumentos sem ter em conta o tempo. Fez uma análise comparativa e exaustiva da proposta para os aumentos do tarifário da água e tratamento de resíduos efluentes. A resposta do presidente da Câmara Municipal de Coimbra, José Manuel Silva foi no mínimo intempestiva.
O presidente da Câmara Municipal de Coimbra imputa o aumento às empresas públicas que fornecem a água em alta. A empresa municipalizada Águas de Coimbra adianta que, a manterem-se os preços atuais, o prejuízo previsto para 2024 da empresa seria de 1 475 971 euros.
O aumento da tarifa da água acabou por ser aprovado pela maioria dos partidos da coligação Juntos Somos Coimbra que governa a Câmara Municipal recebendo cinco votos contra da oposição, quatro do PS e um do vereador da CDU.
Na reunião que decorreu na última segunda-feira, dia 13, na Sala de Sessões da Câmara Municipal de Coimbra (CMC), também estiveram em debate aumentos nos serviços prestados pelos SMTUC. Pré-comprados e bilhete de motorista aumentam em 2024.
Enquanto o preço do passe, dos SMTUC, se vai manter nos trinta euros e os estudantes até ao 12º ano vão continuar a ter passe gratuito, os bilhetes pré-comprados e o bilhete de motorista vão aumentar no próximo ano. A vereadora responsável pelos Transportes e Mobilidade, Ana Bastos, começou por explicar as razões dos aumentos
Francisco Queirós, vereador da CDU considera que as populações mais desprovidas de rendimentos usam as viagens em cartão pré-comprado para pequenas deslocações e que o aumento pode condicionar por exemplo as idas ao hospital.
Para o PS, o executivo devia analisar bem a implicação do aumento das tarifas no rendimento dos utilizadores. Hernâni Caniço, vereador eleito pelo PS, manifestou a esperança de que o futuro Governo também o faça.
Ana Bastos, vereadora com a responsabilidade dos transportes considerou os aumentos dos bilhetes pré-pagos e de motorista como “irrisórios” e que com a entrada em funcionamento do Sistema de Mobilidade do Mondego os aumentos serão obrigatórios. José Manuel Silva criticou a oposição por não dizer onde se vai buscar receita.
Hernani Caniço procurou responder ao presidente da Câmara Municipal de Coimbra. Ana Bastos considerou os aumentos dos SMTUC como valores irrisórios para cada utente embora com significado para a empresa municipalizada.
Lembramos que a entrega do primeiro autocarro do MetroBus, que estava prevista para dezembro de 2023, foi adiada para fevereiro de 2024, revelou no início da semana a Metro Mondego.
De acordo com a Agência Lusa, o início da operação do Sistema de Mobilidade do Mondego nas zonas urbanas de Coimbra foi adiado para o fim de 2025 e o arranque do troço suburbano para o final de 2024. A operação do sistema entre Serpins e o Largo da Portagem deverá ter lugar no final do segundo semestre de 2024.
Músicas:
- Temas do trabalho “Cai no real” dos Peste e Sida
- Fotografia: CMC