Europa
Muito mais longe do que do Atlântico aos Urais, o velho continente marca a vida de muitos, quer pela presença, quer pela ausência.
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UM PROGRAMA DE:
Miriam LopesA presidente da Comissão Europeia (CE), Ursula von der Leyen, esteve hoje em Pequim numa visita oficial para debater as relações União Europeia (UE) – China.
De manhã, a presidente da CE reuniu com o presidente da Câmara de Comércio UE-China, e com representantes de diferentes indústrias europeias com negócios na China.
Durante a tarde, a responsável pela CE, juntamente com o presidente francês, Emmanuel Macron, reuniu com o presidente Chinês, Xi Jinping. Seguiu-se uma reunião bilateral entre a presidente Ursula von der Leyen e o presidente Xi.
Na conferência de imprensa que deu de balanço da conversa com o presidente Chinês, Ursula von der Leyen começou por lembrar a complexidade das relações da União Europeia com a China e o impacto significativo que têm na segurança e prosperidade dos dois blocos políticos.
A União Europeia constitui o primeiro destino das exportações chinesas. Por sua vez, a China é o terceiro destino das exportações Europeias. Isto significou cerca de 2.3 biliões de euros por dia em 2022.
No entanto, o balanço importações versus exportações entre os dois blocos é desfavorável para a União Europeia (UE) o que causa constrangimentos. A UE registou um défice comercial crescente com a China ao longo dos últimos dez anos.
Segundo Ursula von der Leyen, os negócios europeus na China são muito condicionados por políticas chinesas que a presidente da Comissão Europeia apelidou de “injustas”.
De acordo com a responsável pela CE, China e União Europeia concordaram em retomar o diálogo económico e comercial de alto nível, mesmo o diálogo sobre questões do mundo digital. Diálogos que devem começar o mais rápido possível para avançar em todos os assuntos e produzir resultados visíveis.
Esta visita teve lugar num contexto em que a tomada de posição da China sobre a guerra na Ucrânia é crucial para a União Europeia. Como membro do Conselho de Segurança da ONU, “a China tem uma grande responsabilidade”, afirmou a responsável pela CE.
A União Europeia espera que a China cumpra com esse papel e promova a paz respeitando a soberania Ucraniana, disse a presidente da Comissão Europeia.
Também o presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje ao homólogo chinês, Xi Jinping, em Pequim, que conta com ele para “trazer a Rússia de volta à razão”, na questão da guerra na Ucrânia.
Macron está a realizar uma visita de três dias à China, e tal como Ursula von der Leyen, a visita tem como objetivos abordar as relações económicas bilaterais e a guerra na Ucrânia.
Os dirigentes Europeus querem evitar a todo o custo que a China forneça armas letais à Rússia.
Fotografia: UE@Dati Bendo