Europa
Muito mais longe do que do Atlântico aos Urais, o velho continente marca a vida de muitos, quer pela presença, quer pela ausência.
Semanalmente, os velhos e os novos assuntos europeus na antena da RUC.
UM PROGRAMA DE:
Miriam Lopes
No dia 15 de maio João Silva, responsável pela gestão de políticas na Direção-Geral da Proteção Civil e das Operações de Ajuda Humanitária da Comissão Europeia, e André Fernandes, Comandante Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, mostraram como a Europa se está a preparar para os fogos de verão.
Num briefing ‘online’ com jornalistas, os responsáveis deram conta dos meios que vão estar ao dispor da proteção civil dos países. Quatro aviões ligeiros, 10 Aviões ligeiros anfíbios, 10 Aviões médios anfíbios e 4 helicópteros vão estar estacionados em 10 países europeus no verão de 2024, dois deles em Portugal.
André Fernandes explicou que a primeira resposta a uma catástrofe é dada pelas Proteções Civis Nacionais. Num segundo momento são os acordos bilaterais que funcionam, por exemplo, o acordo do nosso país com Espanha. Por fim é ativado o Centro de Coordenação de Respostas a Emergência que disponibiliza meios da rescEU.
A Comissão criou este último mecanismo em 2019 depois da tragédia dos incêndios de Pedrógão Grande (de 2017) para garantir que países europeus não ficam à espera de solidariedade numa emergência. rescEU é constituído por uma ‘pool’ de meios aéreos mas também de um conjunto de itens médicos e hospitais de campanha que podem responder a emergências de saúde.
A reserva rescEU também inclui abrigos, ativos de transporte e logística e itens de fornecimento de energia. Estão também a ser desenvolvidas reservas para responder a riscos químicos, biológicos, radiológicos e nucleares que descontaminação e deteção, bem como reservas de contramedidas médicas.
Em 2024, para o combate a incêndios, Portugal recebe dois aviões anfíbios ligeiros da frota rescEU e acolhe bombeiros de outros países que vão estar pré-posicionados no verão de 2024. André Fernandes, Comandante Nacional da Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil, deu conta que em 2023, terceiro ano em que Portugal recebeu bombeiros de outros países para pré-posicionamento, as equipas saíram para 19 ocorrências acompanhando nacionais, num contexto formativo em ação. Em 2024 Portugal recebe bombeiros da Letónia e da Finlândia.
Segundo o Governo da República portuguesa, durante o período de maior empenhamento, Nível Delta – 1 de julho a 30 setembro, o dispositivo terrestre vai contar com 14.155 elementos e 3.173 veículos. No ‘briefing’ André Fernandes informou que em Portugal os corpos de bombeiros assumem cerca deu 98% dos casos de emergência.
Fotografia: Proteção Civil Europeia © Hellenic Fire Corps (photographer: George Chionidis) – incêndios na Grécia de 2021
