Europa
Muito mais longe do que do Atlântico aos Urais, o velho continente marca a vida de muitos, quer pela presença, quer pela ausência.
Semanalmente, os velhos e os novos assuntos europeus na antena da RUC.
UM PROGRAMA DE:
Miriam LopesO euro reagiu ontem com um novo mínimo de vinte anos à viragem à direita em Itália depois da vitória nas eleições gerais de domingo da coligação formada pelos Irmãos de Itália (FdI), a Liga e Forza Italia (FI).
Mais de 50 milhões de italianos foram no domingo chamados a votar nas eleições legislativas italianas em que, devido à pulverização partidária, nenhum partido deverá obter uma maioria suficiente para governar sozinho.
Partidos da direita e extrema-direita fizeram um acordo de coligação que poderá levar Giorgia Meloni ao poder e a tornar-se na primeira primeira-ministra de Itália.
O partido Irmãos de Itália (FdI) liderado por Giorgia Meloni foi fundado em 2012 e tem raízes no Movimento Social Italiano (MSI), fundado pelos seguidores do ditador fascista Benito Mussolini.
A presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, disse ontem esperar que a atividade económica na zona euro “abrande substancialmente nos próximos trimestres”, devido a vários fatores, a começar pela inflação, “que continua demasiado elevada”.
Lagarde dirigiu-se à comissão de Assuntos Económicos e Monetários do Parlamento Europeu, em Bruxelas e advertiu então, que o BCE espera “que a atividade abrande substancialmente nos próximos trimestres”, e apontou “quatro razões principais” para esta projeção, a primeira das quais “a inflação elevada”, que em agosto atingiu os 9,1% no espaço da moeda única, e que está a “enfraquecer as despesas e a produção em toda a economia”, fenómeno agravado “pelas perturbações no fornecimento de gás”.
em segundo lugar, o facto de “a forte procura de serviços que veio com a reabertura da economia estar a perder vapor”, em terceiro “o enfraquecimento da procura global, também no contexto de uma política monetária mais restritiva em muitas grandes economias”, e, por fim, o facto de a incerteza permanecer elevada, “o que se reflete na queda da confiança das famílias e das empresas”.
A presidente do BCE sublinhou que “os preços mais elevados da energia e dos alimentos estão a pesar especialmente nas famílias mais vulneráveis e espera-se que a situação piore antes de melhorar”.
A Agência Europeia do Ambiente comunicou que as emissões médias de dióxido de carbono dos carros novos registados na Europa diminuíram 12% em 2020, em comparação com 2019. Como causa está o aumento de veículos elétricos.
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen anunciou o financiamento para os direitos das mulheres e dos jovens, a segurança alimentar, a luta contra a doença e a biodiversidade. No último sábado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, concluiu uma semana de debates com líderes mundiais e parceiros internacionais na Assembleia Geral das Nações Unidas. Aí assumiu uma série de compromissos para fazer face à atual crise alimentar, a crise ambiental e climática e para melhorar a saúde mundial. Na sua intervenção no Global Citizen Festival reiterou o compromisso da União Europeia (UE) de ajudar os parceiros mais vulneráveis a lidar com as consequências sociais e económicas das ações da Rússia e a impulsionar investimentos sustentáveis no âmbito da estratégia Global Gateway da UE.
Com Agência Lusa e notas da UE
Fotografia: Eurocid