Europa
Muito mais longe do que do Atlântico aos Urais, o velho continente marca a vida de muitos, quer pela presença, quer pela ausência.
Semanalmente, os velhos e os novos assuntos europeus na antena da RUC.
UM PROGRAMA DE:
Miriam LopesPortugal é o país da Europa em que alterações climáticas têm maior impacto. O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) disse a semana passada em Macau que Portugal é o país na Europa em que as alterações climáticas estão a ter maior impacto.
Carlos Pimenta Machado afirmou que, mesmo entre os países do sul da Europa, mais vulneráveis, “Portugal é onde a mudança climática mais impacta, na água, no aumento da temperatura”
Numa conferência num fórum ambiental em Macau, em que abordou a gestão da água no contexto das alterações climáticas, o vice-presidente da APA reafirmou a intenção de Portugal antecipar o compromisso de neutralidade carbónica de 2050 para 2045.
O responsável descreveu o sucesso das políticas ambientais ao nível do saneamento e tratamento de águas residuais, como “o milagre português”
Já a erosão costeira foi apontada como desafio. Portugal tem procurado avançar na reabilitação fluvial e é dos países europeus “com melhor desempenho” ao nível da energia renovável, lembrou o dirigente da APA.
Carlos Pimenta Machado lembrou que o país foi “o quarto na Europa a eliminar a produção de energia a partir do carvão, em 2019” e o sétimo no ‘ranking’ entre os 27 da União Europeia no que diz respeito à utilização de fontes de energia renovável.
Fotografia: Enrique para o Pixbay
O Centro Europeu de Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) classificou a semana passada linhagens recombinantes da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 como variantes de interesse e alertou para o aumento da propagação e da transmissão da covid-19 na Europa.
Sem especificar, o centro europeu faz referência a um “aumento da transmissão da COVID-19 na UE/EEE [União Europeia/Espaço Económico Europeu] e no estrangeiro, após vários meses de taxas de infeção muito baixas”, sem que de momento haja “sinais de aumento das hospitalizações ou de pressões sobre os sistemas de saúde”.
À semelhança do verificado com outras variantes do SARS-CoV-2, os indivíduos mais velhos e aqueles com doenças subjacentes podem desenvolver sintomas graves se forem infetados, recorda o ECDC.
Por essa razão, a agência europeia exorta os Estados-membros da União Europeia a alargarem a utilização das vacinas contra a covid-19 e a comunicar dados sobre vigilância da população nos cuidados primários e secundários, de forma a monitorizar atempadamente as tendências de transmissão.
Com Agência Lusa 22