Europa
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UM PROGRAMA DE:
Miriam LopesO ministro dos Negócios Estrangeiros de Marrocos, Nasser Burita, pediu hoje a “resolução de mal-entendidos” sobre as migrações para fortalecer a cooperação entre África e a União Europeia (UE).
O chefe da diplomacia marroquina fez o apelo num encontro por videoconferência entre responsáveis africanos e europeus para preparar a cimeira União Europeia-África, prevista para os dias 17 e 18 de fevereiro, em Bruxelas.
O responsável pela democracia marroquina considera que a “Se a questão da migração é um desafio comum, os interesses com ela relacionados são muitas vezes contraditórios” de acordo com Nasser Burita, “Para que possam convergir, devem ser resolvidos os mal-entendidos sobre o fenómeno migratório”
Fotografia: UE
Para o ministro, as políticas migratórias não devem “ceder à tentação da controvérsia” e “deve deixar-se de acreditar que as políticas migratórias um dia acabarão com os fluxos migratórios”.
Burita disse ainda que a pandemia de covid-19 não travou os fluxos migratórios, apenas os modificou, adiantando que o vírus exacerbou a vulnerabilidade dos migrantes e os relegou ao esquecimento.
Segundo o ministro, apenas 12% da migração para a Europa vem de África, onde o fenómeno é sobretudo intrarregional.
A Itália é um dos principais pontos de entrada na Europa para migrantes do norte da África, principalmente da Tunísia e da Líbia, de onde as partidas aumentaram no ano passado em comparação com anos anteriores.
Quase 55.000 migrantes desembarcaram em Itália desde o início de 2021 e até novembro, quando em 2020 o seu número tinha sido de quase 30.000, segundo dados oficiais italianos.
Segundo estatísticas do Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR), quase 1.300 migrantes foram dados como desaparecidos ou afogados no Mediterrâneo e quase 52.000 chegaram às costas italianas durante o mesmo período.
Com Agência Lusa