AUTOR: Isabel Simões

DATA: 03.11.2022

DURAÇÃO: ...

O movimento Greve Climática Estudantil Lisboa inicia na próxima segunda-feira, dia 07 de novembro, um protesto que inclui a ocupação de seis escolas e universidades. A iniciativa visa exigir o fim aos combustíveis fósseis até 2030, anunciou ontem a organização à Agência Lusa.

Em Lisboa estão previstas ações nas escolas secundárias Liceu Camões e António Arroio, bem como nas faculdades de Letras e de Ciências da Universidade de Lisboa, no Instituto Superior Técnico e na Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Avenida de Berna.

Em comunicado, a organização avança que “a partir de dia 07 de novembro, seis escolas e universidades de Lisboa vão ser ocupadas por centenas de estudantes para exigir o fim aos combustíveis fósseis até 2030. O movimento exige também a demissão do ministro da Economia e do Mar, António Costa e Silva”.

Desta forma Portugal entra na rota do movimento internacional “End Fossil Occupy!” que desde o início do semestre foi responsável pela ocupação de escolas nos Estados Unidos e na Alemanha. O movimento, que em português se traduz por “Fim Ao Fóssil: Ocupa!”, exige o fim dos combustíveis fósseis a nível internacional.

Salvaguardando que as iniciativas vão decorrer de forma pacífica, o movimento “Fim ao Fóssil: Ocupa!”, que assina o comunicado ontem divulgado, sublinha que “todas as ocupações serão diversas e assumirão diferentes moldes, tendo diferentes reivindicações locais”, mas feitas de “forma calma e cuidada”

O comunicado termina com um apelo à participação na marcha pelo clima de dia 12 de novembro, às 14:00, no Campo Pequeno, uma iniciativa organizada pela coligação “Unir Contra o Fracasso Climático”.

Lembramos que A Lei Europeia em matéria de Clima torna a ambição política de alcançar a neutralidade climática até 2050 numa obrigação jurídica para a UE. Ao adotar esta lei, a UE e os seus Estados-Membros comprometeram-se com uma redução líquida das emissões de gases com efeito de estufa na UE de, pelo menos, 55 % até 2030, em comparação com os valores de 1990.

Fotografia: Greve Climática Estudantil de Lisboa