AUTOR: Isabel Simões

DATA: 24.06.2022

DURAÇÃO: ...

A marcar a atualidade europeia do dia de hoje está a aprovação pelo Conselho Europeu das candidaturas da Ucrânia e da Moldova à União Europeia. O primeiro passo está dado, no entanto, a adesão plena pode ainda demorar. Vai ser necessário negociar e depois assinar o tratado de adesão.


A marcar a próxima semana vai estar a Conferência dos Oceanos, em Lisboa. Vários deputados do Parlamento Europeu vão marcar presença.

As Nações Unidas, com o apoio dos Governos de Portugal e do Quénia, acolhem a Conferência dos Oceanos, em Lisboa, a partir da próxima segunda-feira, dia 27 de junho, até dia 1 de julho.

De acordo com as Nações Unidas os oceanos abrangem 70% da superfície da Terra, são a maior biosfera do planeta e são o lar de até 80% de toda a vida no mundo.

A Conferência pretende aumentar as ações nos oceanos com base na ciência e inovação tendo como meta implementar o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável 14 ou seja, Proteger a Vida Marinha. Para isso para além do inventário dos problemas a conferência pretende conseguir parcerias e propor soluções.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres falou com a Agência Lusa sobre a importância de um conjunto de eventos que decorrem da própria conferência.

Dados das Nações Unidas dizem-nos que os Oceanos geram 50% do oxigénio que necessitamos, absorvem 25% de todas as emissões de dióxido de carbono e captam 90% do calor gerado por essas emissões.

Para as Nações Unidas as soluções para um oceano gerido de forma sustentável envolvem tecnologia verde e usos inovadores dos recursos marinhos.

Acidificação, lixo marinho e poluição, pesca ilegal, não declarada e não regulamentada, e a perda de habitats e biodiversidade são preocupações da ONU e da ciência.

Guterres deseja que da conferência resulte um “toque acelerador” de soluções para resolver os problemas que existem nos oceanos que o secretário-geral da ONU considera ser “extremamente preocupante”

O conflito da Guerra na Ucrânia tem afastado a Rússia de vários Fora internacionais. Guterres considera que a Rússia deve fazer parte da conferência e aponta razões para que tal aconteça.

O secretário-geral da ONU reforça a ideia de que os “Oceanos enfrentam uma verdadeira emergência” e é preciso “acordar o mundo” para o facto de não existir nenhum mecanismo de governo sobre os Oceanos.

A Conferência – a segunda organizada pela ONU sobre o tema – acontece num momento em que o mundo enceta esforços para mobilizar, criar e promover soluções que permitam alcançar os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável traçados na chamada Agenda 2030.

A conferência vai contar com a presença de António Guterres, e de chefes de Estado e de Governo de todos os continentes.

Com Agência Lusa

Fotografia: @Ocean Image Bank/Brook Peters – Fish swim in Red Sea coral reef