AUTOR: Isabel Simões

DATA: 16.02.2023

DURAÇÃO: ...

O primeiro-ministro revelou ontem que, de acordo com um estudo do Ministério das Finanças, “cada euro do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) vai-se traduzir num crescimento de 5,3 euros do Produto Interno Bruto” (PIB). António Costa citava o estudo de impacto das verbas do PRR no Produto Interno Bruto feito pelo Gabinete de Estudos e Relações Internacionais do Ministério das Finanças (GPEARI).

O chefe do executivo discursava no antigo Picadeiro Real, em Lisboa, no início de um balanço da execução do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) feito pelo Governo ao Presidente da República, em que também participou a ministra da Presidência, Mariana Vieira da Silva.

Costa referiu estes dados para salientar que o PRR tem “um impacto económico que supera em muito os 16,6 milhões de euros que já estão alocados”, designadamente através do “efeito de alavancagem que tem de investimento”.

O primeiro-ministro acrescentou que o PRR tem um “impacto muito significativo naquilo que é o volume de negócios”.

Nesta intervenção, de cerca de 25 minutos, António Costa recordou que o PRR foi criado pela Comissão Europeia, em conjunto com outros programas europeus, para “responder à estabilização da economia” e “recuperação da recessão”.

António Costa salientou que, dois anos volvidos sobre a criação do PRR, “é muito claro que a economia europeia em geral, e a portuguesa em particular, recuperou em 2021 e 2022 do brutal impacto da covid em 2020 e está genericamente melhor do que estava em 2019”.

Apesar disso, o primeiro-ministro citou o Presidente da República para referir que, além de recuperar da pandemia, o PRR deve também servir para “reconstruir o país, virando para o futuro a economia e a sociedade portuguesa”. António Costa dirigiu-se ainda a Marcelo Rebelo de Sousa para o convidar a que visitem juntos, no terreno, algumas das iniciativas em que está a ser aplicado o PRR.

Costa salientou que, das verbas que Portugal vai receber, 70% já estão “contratualizadas com IPSS, empresas, entidades do sistema científico e tecnológico, municípios, entidades da administração central”.

“A Comissão Europeia já autorizou, e já procedeu mesmo ao pagamento e à transferência para Portugal de 30% da totalidade das verbas, porque corresponde ao cumprimento de todas as metas e de todos os marcos que já cumprimos até agora”, sublinhou.

Com Agência Lusa

Fotografia: Agência Lusa@Tiago Petinga (retirada do Portal do Governo)