Culturama
segundas, sextas (17h00)
Magazine cultural da Rádio Universidade de Coimbra.
UM PROGRAMA DE:
Programação RUCInaugura, sábado, dia 27, às 15 horas na Sala da Cidade, a quarta edição. A curadoria geral pertence pela primeira vez a duas curadoras: Elfi Turpin e Filipa Oliveira.
O Culturama falou com a curadora Filipa Oliveira.
Na Sala da Cidade o público vai poder apreciar, a partir de hoje, uma instalação do artista Carlos Bunga. Instalação essa que conta com esculturas africanas que estão à guarda da Universidade de Coimbra (UC).
Também este sábado, no âmbito da Programação Convergente, inicia a exposição “No sonho do homem que sonhava, o sonhado acordou”, no Círculo Sede do CAPC, com curadoria dos alunos do segundo ano do mestrado em Estudos Curatoriais do Colégio das Artes da UC.
“A exposição convida a refletir nos círculos viciosos do pensamento e convoca a noite — que oculta e revela — a partir de trabalhos de Alberto Carneiro, Bárbara Bulhão, Zé Ardisson, Marilá Dardot, Hector Zamora, Margarida Alves, Clara Imbert, Pedro Pedrosa da Fonseca e Rita Gaspar Vieira”, explica a organização. A mostra vai estar patente até 15 de janeiro de 2022. Conta ainda com o lançamento da revista Umbigo e a projeção de filmes 16 mm que pertencem ao acervo do CAPC, na Sala das Caldeiras em parceria com o Teatro Académico de Gil Vicente.
“Meia-Noite” vai ser tema geral para conversas sobre o momento do dia em que “as diferenças se esbatem”. À semelhança da luz ou da escuridão que irradia das diferentes fases da lua, as curadoras querem que a Anozero se envolva com os habitantes da cidade e saiba das suas opiniões sobre temas diversos. O debate acontece, na Sala da Cidade, todas as quintas-feiras, entre 2 de dezembro e 13 de janeiro, às 18 h.
Elfi Turpin e Filipa Oliveira e o Serviço Educativo do Círculo de Artes Plásticas de Coimbra (CAPC) vão convidar organizações da cidade a visionar filmes e a conversar sobre temas como “diversidade, igualdade, justiça social, produção de conhecimento, relações poéticas entre espécies e a noite como espaço de resistência”.
“La cabeza mató a todos, de Beatriz Santiago Muñoz (Porto Rico, 1972), Les mains negatives, de Marguerite Duras (Vietname, 1914), À Bissau, le Carnaval, de Sarah Maldoror (França, 1929) e Shadow-Machine, de Elise Florenty (França, 1978) & Marcel Türkowsky (Alemanha, 1978)”, são os filmes propostos.
Diz-nos a organização que “a Anozero’21–22 Meia-Noite integra a Temporada Cruzada Portugal-França, uma iniciativa do Institut Français, avançada em julho de 2018″ pelo Presidente da República de França, Emmanuel Macron e o primeiro-ministro de Portugal, António Costa”.
Entre 9 de abril e 26 de junho, Coimbra vai tornar-se a capital da Arte Contemporânea Luso-Francesa com as exposições a regressarem a espaços emblemáticos da cidade, como o Mosteiro de Santa-Clara-a-Nova. Depois das Invasões Francesas, em especial da terceira que deixou marcas na Região de Coimbra, chega a reconciliação através da Arte.
A partir da quinta edição a Anozero vai passar a iniciar em abril, em vez de novembro. Uma forma de prestar homenagem à revolução de 1974 que tirou o país da “Noite” do Estado Novo, julgamos nós.
A Anozero é uma organização do CAPC, Município de Coimbra e UC. A primeira edição realizou-se em 2015. Com o tema “Um Lanço de Dados” a primeira Anozero esteve no 1111 da RUC, pode voltar a ouvir aqui.
A entrevista a Delfim Sardo, o segundo curador geral da Anozero de 2017 com o lema “Curar e Reparar”, também aconteceu e pode ser revisitada aqui.
Já a conversa sobre a Anozero de 2019, com o tema “A Terceira Margem”, tendo Agnaldo Farias como curador geral, teve lugar também no 1111 e está disponível aqui.