AUTOR: Isabel Simões

DATA: 22.02.2022

DURAÇÃO: ...

Depois de dois anos com as limitações decorrentes da pandemia, a Semana Cultural da Universidade de Coimbra (UC) apresenta uma programação com 35 iniciativas presenciais e cerca de uma dezena de eventos convergentes em que o “Tempo” da independência de Timor e do Brasil e a forma como vivemos o envelhecimento, são dois exemplos em destaque.

De 1 a 15 de março “há uma imersão clara na cidade”, e uma intenção de “chegar a todos os públicos”, para além de celebrar “a vontade que as pessoas têm de voltar a estar juntas”, enfatizou o vice-reitor para a Cultura e Ciência Aberta, Delfim Leão, na sessão de apresentação que decorreu no ‘Student-Hub’ no polo I da UC.

A 24ª. Semana Cultural da UC tem como tema o “Tempo”, porque em 2022 se celebram marcos muito importantes: os 200 anos da independência do Brasil e os 20 anos da jovem nação de Timor.

Para a apresentação da programação a UC convidou Miguel Matias do Grémio Operário e um representante da Tuna Académica da Universidade de Coimbra (TAUC). O Grémio Operário regressou à Cultura da Cidade em 13 de janeiro de 2021, em plena pandemia e que tem uma ligação forte a estruturas da Associação Académica de Coimbra. Já a TAUC é a responsável por organizar o concerto de abertura e o concerto final da 24ª. Semana Cultural da UC. Este ano o Concerto de Encerramento da Semana Cultural da UC vai apresentar um projeto com a soprano Lara Martins. A cantora está em Londres onde tem participado com destaque em vários musicais, entre eles “O Fantasma da Ópera”.

São vários os Organismos Autónomos e Secções Culturais da Associação Académica de Coimbra que contribuem com iniciativas para a Semana Cultural da UC de que CITAC, TEUC, SESLA , Secção de Fado e Rádio Universidade deCoimbra (RUC) são apenas exemplos. A RUC realiza o concerto de aniversário no TAGV com Luca Argel a apresentar o seu trabalho “Samba de Guerrilha”, no dia 4 de março, pelas 21h30.

Como habitual, de antes da pandemia, a Semana Cultural daUC vai estar presente em vários espaços da Cidade de Coimbra.

A relação de Max Stahl com a UC vem de longe. Em 2019 a Universidade de Coimbra acolheu uma réplica do arquivo do jornalista e firmou um protocolo com a Universidade Nacional de Timor Leste e o Centro Audiovisual Max Stahl de Timor Leste. Delfim Leão lembrou uma ocorrência recente do arquivo, no dia em que faleceu o jornalista responsável por “mostrar ao mundo as condições da ocupação de Timor-Leste pela Indonésia”, como conta o notícias UC.

No que diz respeito à celebração dos 200 anos da independência do Brasil, são várias as participações culturais da comunidade Brasileira em Coimbra na programação da Semana Cultural da UC. De acordo com o vice-reitor para a Cultura da instituição, a comunidade brasileira neste momento “quase que se confunde com a comunidade portuguesa. “O Tempo Não Pára”, espetáculo multimédia no Colégio das Artes, com Pedro Olaio é um dos destaques de Delfim Leão. O vice-reitor sublinha ainda a programação de “Música no Museu” no Museu Nacional de Machado de Castro como um ponto alto da presença da comunidade brasileira na cidade.

Os Serviços de Ação Social da UC abrem a Semana Cultural com a exposição “Tempo a Meias: (Des)instalar Infâncias” no ‘Student Hub’ em 1 de março, Dia da Universidade, pelas 11 horas. Nesse mesmo dia, pelas 18horas, inaugura uma exposição “Ecos Coloniais: História, Património e Memória” no Colégio de São Bento. À noite tem lugar o concerto Concerto da Orquestra Académica da Universidade de Coimbra, no Teatro Académico de Gil Vicente.

Em 2 de março, às 18horas, o Atelier A Fábrica – Centro Cultural de Coimbra presta homenagem a Max Stahl com uma exposição de fotografias pessoais e do Arquivo de Max Stahl. o jornalista que divulgou ao mundo os massacres do Cemitério de Santa Cruz em Dili. A inauguração da exposição vai contar com uma conversa com Ricardo Dias e alunos timorenses residentes em Coimbra.

Na quinta-feira, dia 3 de março, pelas 15 horas o Exploratório – Centro Ciência Viva Coimbra, inaugura a exposição “Transversalidades. Diálogos imagéticos entre Portugal e o Brasil” a qual decorre do projeto Transversalidades – Fotografia sem Fronteiras, dinamizado pelo Centro de Estudos Ibéricos. Uma extensão da UC na cidade da Guarda que procura aprofundar a cooperação com parceiros e investigadores do Brasil, no ano em que o país comemora o Segundo Centenário da sua Independência.

Para algumas iniciativas é necessário proceder a inscrição. Pode Consultar toda a programação aqui.

Fotografia: UC