AUTOR: Isabel Simões

DATA: 15.06.2022

DURAÇÃO: ...

A Associação Sindical dos Profissionais da Polícia (ASPP/PSP) justificou hoje o aumento de queixas na Inspeção-Geral da Administração Interna (IGAI) com a pandemia de covid-19 e complexidade da missão policial, que, no entender do presidente da associação, é cada vez mais exigente.

De acordo com a Agência Lusa, o presidente do maior sindicato da Polícia de Segurança Pública, Paulo Santos, reagia aos dados da IGAI divulgados pela Lusa que davam conta que o organismo recebeu 1.174 queixas contra a atuação das forças de segurança em 2021, o número mais elevado dos últimos cinco anos, sendo a PSP a polícia mais visada.

Segundo a Inspeção Geral da Administração Interna ( IGAI), a PSP é a força de segurança com maior número de queixas, tendo dado entrada na IGAI 565 participações contra a atuação dos agentes da Polícia de Segurança Pública em 2021, segue-se a Guarda Nacional Republicana, com 353, o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, com 62, e outras entidades tutelados pelo Ministério da Administração Interna (15).

A violação dos deveres de conduta do efetivo da PSP, GNR e SEF e as ofensas à integridade física representam cerca de 60% do total das queixas. Paulo Santos considerou também que o maior número de queixas contra os agentes da PSP está relacionado com o facto de esta polícia estar “nos locais mais urbanos e de maior densidade populacional”.

O presidente da ASPP sublinhou que atualmente o cidadão comum tem uma visão diferente do serviço policial e do cumprimento das regras, que “muitas vezes são difíceis de traduzir” e dão lugar a situações mais complicadas para desempenhar o próprio serviço policial.

Paulo Santos sublinhou ainda que muitos dos processos abertos e endereçados contra os polícias não têm consequências disciplinares.

Com Agência Lusa