Rui Loureiro ” Fomos das últimas modalidades a regressar”
O comentário do Observatório do dia 17 de Fevereiro contou com a presença de Rui Loureiro, diretor geral da Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra.
A equipa de rugby feminino, a falta de atletas nos escalões maiores e o abandono por parte dos estudantes atletas no desporto foram alguns dos temas abordados no espaço de Comentário do Observatório do dia 18 de Fevereiro que contou com a presença de Rui Loureiro, diretor-geral da Secção de Rugby da Associação Académica de Coimbra.
“A equipa de rugby feminino decidiu reivindicar o espaço que lhes pertence”
Rui Loureiro considera que “a equipa foi formada ha pouco tempo com o objetivo de desenvolver o rugby feminino”e que apesar de estarem numa situação em que as equipas estão a ter formação, o diretor afirma que “estamos motivados”, no entanto “não queremos dar um salto maior que a perna”. Rui Loureiro afirma ter grandes expectativas em relação à equipa. O atleta afirma ainda que “continuaremos a fazer o caminho que temos que fazer para um dia podermos chegar a um campeonato nacional”.
“Os últimos dois anos foram um desafio, principalmente para o rugby que foi considerado um desporto de alto risco”
Rui Loureiro afirma que nestes dois anos de pandemia, “o rugby esteve totalmente parado “. O diretor geral lamenta ainda o facto do Pavilhão da Associação Académica de Coimbra ter sido transformado num Centro Covid o que segundo o dirigente diminuiu e prejudicou toda a atividade desportiva que ali se iria realizar. Rui Loureiro lamenta ainda “a facilidade com que se varre o desporto em detrimento de outras coisas”. Apesar dessa paragem, o também atleta assistiu “a uma explosão de inscrições principalmente nas camadas mais jovens no rugby”.
“Nos escalões até aos sub-15 consideramos a época boa”
Apesar dos escalões até aos sub-15 terem um bom número de atletas Rui Loureiro lamenta a falta de atletas que se verificam nos escalões maiores.
O dirigente considera que “nos escalões sub-16 e sub-19 o panorama é muito difícil em termos de numero de atletas”. Rui Loureiro afirma ainda que as equipas têm muito poucos atletas. Segundo o diretor, “um plantel deve ter cerca de 35 atletas e nós nos dois planteis temos um total de 20 em cada um”. Rui Loureiro considera que “essa foi uma das razões para a equipa não se inscrever no Campeonato nacional A. Esse motivo, lamentou o diretor “obrigou-nos a inscrever no Campeonato nacional B”.
“Vivemos a tentar sobreviver sem nunca deitar a toalha ao chão e sem abandonar os nossos atletas”
Rui Loureiro afirma que “Relativamente à equipa sénior, tivemos algumas situações de lesões e de casos de Covid recorrentes e as vezes em simultâneo o que não nos permitiu estar na posição que achávamos que merecíamos”. Em relação ao pós-covid, Rui Loureiro considera que teria sido importante regressar ao touch-rugby ou seja rugby que não implica contacto físico de forma a que os atletas não tivessem que estar tanto tempo em casa.
“O Rugby está muito solidificado na região de lisboa”
O diretor geral afirma que “há muito pouca migração de estudantes universitários de Lisboa para Coimbra”, sendo que na sua perspetiva “existe um grande abandono de atletas do escalão sub-19 para a equipa sénior” porque, no seu entender não se conseguem fixar em Coimbra pois há mais oportunidades de emprego e mais equipas de rugby na capital sendo que também ao nível da competição, segundo Rui Loureiro “os atletas de Lisboa estão expostos a níveis de competição maiores.
“No meu primeiro ano de caloiro ao fim do primeiro semestre já ninguém praticava desporto”
O diretor geral afirma que há um grande abandono por parte dos atletas logo nos primeiros semestres de faculdade. Para Rui Loureiro a solução passa por uma campanha a nível nacional que incentive os jovens estudantes a integrarem as secções de desporto da Associação Académica de Coimbra.
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