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Américo Rodrigues “a criação de um estatuto dos profissionais da cultura é uma grande notícia”

O responsável pela Direção-Geral das Artes (DGArtes) falou com a Rádio Universidade de Coimbra (RUC) onde fez um balanço da pandemia no mundo da Cultura e realçou os apoios concedidos aos profissionais da área em 2021.

Na entrevista que o diretor-geral dasArtes deu à RUC não ficaram por analisar os  constrangimentos colocados por o Orçamento do Estado não ter sido aprovado, como a abertura prevista para o 1.º trimestre de 2022, dos concursos de Apoio Sustentado já sob o Novo Modelo de Apoio às Artes.

O diretor do organismo do ministério da Cultura reconheceu que os últimos dois anos de pandemia foram muito duros para o setor artístico e para os profissionais da área.

O ano que passou foi de muitos protestos do setor da Cultura. A pandemia inviabilizou ou levou ao adiamento de muitas iniciativas e limitou a receita das estruturas ao condicionar receitas de bilheteira.

O diretor-geral das Artes refere que o organismo manteve sempre contacto com os vários promotores da Cultura ao longo da pandemia e reforça que o diálogo é uma marca importante da sua direção.

Durante a pandemia o ministério da Cultura criou a Rede Nacional de Teatros e Cineteatros Portugueses (RTCP). Para Américo Rodrigues, a constituição da RTCP, de que fazem parte quatro estruturas da cidade de Coimbra (Convento São Francisco, Teatro Académico de Gil Vicente, Teatro da Cerca de São Bernardo e Oficina Municipal do Teatro), é uma grande alteração cultural em Portugal.

O conjunto das estruturas da rede vai beneficiar em cada ano de seis milhões de euros. O programa garante ciclos de quatro anos. Américo Rodrigues prometeu para breve a divulgação dos resultados  das candidaturas dos projetos apresentados pelas estruturas da rede.

O diretor da GDArtes realça as medidas do programa Garantir Cultura e a criação do Estatuto dos Profissionais da Cultura, o último em vigor desde 1 de janeiro de 2022, como os principais programas de apoio ao setor. Américo Rodrigues acentua que o estatuto é uma grande notícia para a cultura e é algo que está presente em poucos países.

O diretor-geral das Artes acompanha o setor da Cultura desde os 17 anos, então como  animador e programador cultural na Casa de Cultura da Juventude da Guarda. Coordenou a Biblioteca Municipal Eduardo Lourenço e a área da programação cultural na Câmara Municipal da Guarda e foi ainda diretor do Teatro Municipal daquela cidade.

Assume o cargo de diretor-geral das Artes desde 13 de fevereiro de 2019 e a responsabilidade trouxe-lhe a possibilidade de executar políticas públicas de apoio à cultura nacional. À RUC afirmou continuar determinado a dar o seu contributo para a causa da Cultura.

A Direção-Geral das Artes promete mais iniciativas culturais quer nacionais, quer internacionais para este ano, o processo de escolha para a Representação Oficial Portuguesa na Quadrienal de Praga que vai decorrer de 8 a 18 junho de 2023 na Pražská Tržnice já começou.

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