![[object Object]](/_next/image?url=https%3A%2F%2Fbucket.ruc.pt%2Fwp-content%2Fuploads%2F2022%2F11%2F08115224%2Funiversidade-de-coimbra-em-portugal-1024x576-1.jpg&w=3840&q=75)
Apagão. Universidade fez “o máximo que podia” dentro das circunstâncias
Vice-reitor Alfredo Dias sublinha que a UC tentou manter em funcionamento tudo o que era possível. Confusão nas cantinas dos SASUC e preocupações dos estudantes em relação à alimentação foram assunto durante o dia.
O dia também não foi fácil na Universidade de Coimbra. Já perto do final da tarde, a RUC esteve à conversa com o vice-reitor Alfredo Dias, que disse que a UC estava, dentro dos normais constrangimentos, a tentar manter a maior normalidade possível, pese embora a dificuldade de comunicar entre os diferentes agentes. Nem todas as aulas seguiram o seu curso normal, explica, uma vez que foi necessário atender às variáveis de cada uma: nem sempre foi possível garantir que estavam reunidas as condições para que todas as aulas funcionassem, mas o horário manteve-se sempre que se justificou.
Na ação social, a bitola foi a mesma. Alfredo Dias adianta que se tentou manter todos os serviços que eram capazes de operar. As cantinas não fecharam todas ou a 100% e foi possível ver estudantes a almoçar, mesmo sem o normal funcionamento da app SASUC Go, que substitui o pagamento em numerário. O vice-reitor sublinhava ainda que se estavam a fazer os possíveis para garantir condições nas residências, embora admitisse que, com o correr das horas, a situação podia tornar-se precária.
Quanto ao património da Universidade de Coimbra, Alfredo Dias adianta que nada foi colocado em causa pela quebra energética, dando nota de uma certa preocupação relativa ao Gabinete de Curiosidades da UC. No Pátio das Escolas, as visitas turísticas não foram suspensas e continuavam a decorrer dentro da normalidade.
Funcionamento das cantinas foi “anormal”
Após a hora de almoço, a confusão pautava o discurso dos funcionários dos Serviços de Ação Social da Universidade de Coimbra. Nas cantinas amarelas, os trabalhadores contavam que tinham feito funcionar o serviço com aquilo que tinham e que podiam fornecer. A comunicação entre os diferentes agentes era complicada e parecia não haver grandes certezas sobre o que estava a ser feito nas restantes cantinas. Ao lado, nas azuis, os funcionários presentes já tinham entrado depois de almoço e disseram ter encontrado uma cantina a “meio-gás”. No mesmo sentido, indicaram ter algum desconhecimento em relação ao que os colegas estavam a fazer e ao que ia ser feito.
Estudantes encontraram constrangimentos nas salas de aula e temiam pela falta de comida
Perante o cenário de incerteza, encheram-se as esplanadas da Praça da República e dos espaços que a rodeiam. Na Associação Académica de Coimbra o bar estava a abarrotar e mesmo os jardins, normalmente desertos e com a degradação à vista, eram ocupados por estudantes. No relvado, Lara e Caetana, de Administração Pública-Privada, estavam arredadas do bar pela impossibilidade de pagamento via Multibanco. As jovens contam que já não estavam em aulas, uma vez que se realiza agora a semana de Administração Pública-Privada: evento que contava com oradores internacionais, cujas apresentações acabaram por ser condicionadas pela falta de energia.
À hora da conversa com a RUC, pelas 18h00, as estudantes deslocadas dizem que a principal preocupação se prendia com a comida, que se podia estragar no frigorífico sem energia. Lara e Caetana dizem ter sido bafejadas pela sorte de ter um fogão a gás, algo que outros colegas (que já tinham convidado a juntar-se a elas para jantar) não podem dizer – com fogão elétrico não seria possível confecionar refeições.
À conversa com a RUC esteve ainda um estudante do Instituto Superior de Contabilidade e Administração de Coimbra que, na Baixa da cidade, se mostrava desprevenido com a situação. O objetivo principal era procurar alimentação para as próximas horas (nomeadamente, produtos enlatados), mas a missão estava a ser complicada devido ao fecho das grandes superfícies.
PARTILHAR:
