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Docentes da ESEnfC prolongam greve até ao final de julho

Miguel Viegas falou aos jornalistas onde criticou a falta de reposta do Ministério da Educação, Ciência e Inovação e anunciou as próximas medidas a executar caso a situação não se altere. Pronunciou-se ainda face à situação dos estudantes da instituição.

Os docentes da escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) reuniram-se hoje de manhã para avaliar e decidir quais são os próximos passos a dar, perante a ausência de resposta do Ministério da Educação, Ciência e Inovação (MECI).

Miguel Viegas, dirigente do Sindicato dos Professores da Região Centro, foi o responsável por prestar declarações aos jornalistas, numa conferência de imprensa que teve lugar à porta da instituição. O responsável explicou que a progressão das carreiras dos docentes depende de um despacho feito pelo governo, despacho esse que nunca foi publicado. Informa que o ministro declarou que “na sua leitura” este documento “não era necessário”, e a ESEnfC pediu-lhe que partilhasse um comunicado com essa informação para todas as escolas. Mas, segundo o dirigente, esse comunicado nunca chegou a aparecer.

No plenário que decorreu às 10h e durou até às 11h30, ficou decidido que a greve vai ser prolongada até ao final de julho e, em agosto, vai ser lançado um pré-aviso de greve para o mês de setembro, vai também ser lançado um abaixo-assinado com o objetivo de juntar o apoio de outras instituições de ensino superior – onde os docentes estejam a passar pela mesma situação, e que, no próximo dia 24 de julho, uma delegação da EsenfC se vai deslocar ao MECI para entregar o abaixo-assinado ao ministro e confrontá-lo com os problemas que continuam a persistir, sem concretização das afirmações proferidas na reunião de dia 18 de junho com a FENPROF. As três medidas a pôr em prática estão dependentes do avanço da situação, e podem sofrer alterações.

O responsável revelou ainda que os estudantes estão solidários com a luta dos docentes, apesar de muitos dependerem da realização dos exames para se candidatarem a mestrados ou estágios.

Ainda em plenário, os docentes da ESEnfC concordaram em analisar possíveis propostas que surjam por parte da tutela e que corrijam a situação.

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