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25.06.2024POR Filipa Oliveira

Congelamento das carreiras dos professores resulta em greve dos docentes da ESEnfC

Greve dos docentes da Escola Superior de Enfermagem já dura há quase um mês. Centenas de alunos foram impossibilitados de realizar exames.

Desde o início do mês que os docentes da Escola Superior de Enfermagem de Coimbra (ESEnfC) se encontram em greve. Até à data de hoje totalizam-se quase 700 estudantes impedidos de realizar as suas avaliações.

Em conversa com a RUC, Miguel Viegas, professor pertencente à direção do Sindicato dos Professores da Região Centro (SPRC), aponta a interrupção no avanço profissional como motivo principal à realização do protesto. Para existir progressão das carreiras dos docentes, o Governo tem que proceder à publicação de um despacho que, até então, não se concretizou. A situação é, segundo o professor, inadmissível.

Em conjunto com a SPRC, a Federação Nacional dos Professores (FENPROF) tem levantado esta questão aos sucessivos governos para que solucionem o caso. Uma das consequências deste problema é a desigualdade das carreiras dos docentes de Ensino Superior face às restantes carreiras de Administração Pública. Para além disto, Miguel Viegas refere também a desvalorização do poder de compra dos seus salários que continuam abaixo da taxa de inflação.

Em relação às avaliações, o responsável do Sindicato dos Professores da Região Centro afirma que vão ter que ser remarcadas as datas dos exames. Assim sendo, muitos alunos, nomeadamente os finalistas, estão dependentes desse reagendamento para completarem os seus ciclos de estudo e, posteriormente, apresentarem as suas candidaturas a estágios.

Apesar do sentimento de injustiça dos alunos da instituição, Miguel Viegas assume que a Associação de Estudantes da Escola Superior de Enfermagem está solidária com a luta dos docentes.

Para terminar, Miguel Viegas deixa um apelo a toda a comunidade académica para que se solidarizem com a instituição conimbricense e alega que esta causa é de todos.

A greve foi prolongada para o mês de julho por falta de resposta das entidades governamentais.

Fotografia: SPRC

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