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TAGV recebe peça teatral que normaliza as diferenças entre corpos

“Corpo Título” é o novo espetáculo da companhia Amarelo Silvestre. A peça junta público e intérpretes em cena no mesmo palco.

O Teatro Académico de Gil Vicente (TAGV) vai dar espaço à realização da peça teatral “Corpo Título”, a nova criação da companhia Amarelo Silvestre. O espetáculo vai ter início pelas 21h30 e a lotação é limitada.

A oficina “Corpo Que Nos Dança” foi o evento antecipatório da peça e serviu de serão inclusivo aberto a todo o tipo de corpos para descobrir a dança do corpo de cada um.

Em conversa com a RUC, Rafaela Santos revela que “Corpo Título” é já um projeto com algum tempo e surge de um pensamento profundo sobre o corpo exposto e o modo como todos os corpos são vistos hoje em dia.

A diretora artística da companhia Amarelo Silvestre debate sobre o impacto da peça no público e revela que a proposta da peça é a reflexão do público sobre o próprio corpo. O primeiro impacto que todos dizem ter é “forte”, diz Rafaela Santos.

A entrevistada fala sobre o olhar estereotipado que os homens podem ter a produzir peças, por conta do “olhar masculino”. Em palco escolheu utilizar um coletivo diverso de corpos de vários sexos e géneros para ditar a singularidade e a diferença de todos nós. O desejo é que a encenação seja única e diferente em todas as performances.

O objetivo da peça é que as diferenças sejam normalizadas. A performance vai ter uma variedade imensa de corpos, tipos, géneros e sexos, e diverge na resposta que cada um dá enquanto intérprete no palco. É de ressaltar a importância da normalização da diversidade de corpos que temos perante nós e as capacidades tão diversas entre elas.

A peça “Corpo Título” é um convite a intérpretes e ao público para que se juntem no mesmo palco. Rafaela Santos refere que este é um convite à circulação porque o espetáculo só pode servir 62 pessoas, das quais 12 são atores. A diretora ressalta a importância da diversidade imensa entre todos nós e da normalização das diferenças entre corpos.

A peça tem a duração de 1 hora e sobe ao palco hoje, em Coimbra, mas já tem confirmação também em Portalegre e em Loulé. Os preços dos bilhetes variam entre os 5€ e os 7€.

Fotografia: Teatro Académico de Gil Vicente

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