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Estudantes do CGUC esperavam recandidatura de Amílcar Falcão

Para Catarina Melo, Armando Remondes, José Gama, Carlos Magalhães e Luís Silva, a recandidatura de Amílcar Falcão à reitoria da Universidade de Coimbra era expectável. Os representantes dos estudantes dos três ciclos de estudos no Conselho Geral da Universidade de Coimbra indicaram à RUC aqueles que consideram ser os pontos positivos e negativos do atual mandato de Amílcar Falcão e deixaram sugestões ao reitor.

No próximo dia 6 de fevereiro vai ser eleito o reitor da Universidade de Coimbra (UC) para o mandato que se estende até 2027. O atual reitor da Universidade, Amílcar Falcão, é o único candidato, depois de uma candidatura ter sido excluída porque estavam em falta vários documentos obrigatórios.

Em entrevista à Radio Universidade de Coimbra (RUC), os representantes dos estudantes de 1º e 2º ciclo no Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CGUC), Catarina Melo, José Gama, Carlos Magalhães e Armando Remondes, e o representante do 3º ciclo, Luís Silva, reagem à recandidatura de Amílcar Falcão à reitoria.

Catarina Melo aponta o trabalho desenvolvido no âmbito da ação social como um ponto positivo do atual mandato de Amílcar Falcão. Como ponto negativo recorda algumas declarações do reitor que “suscitaram desânimo na comunidade estudantil”. A estudante espera que no próximo mandato seja dada especial atenção à inovação pedagógica.

Armando Remondes classifica como “natural” a recandidatura de Amílcar Falcão, que surge, para o estudante, de forma a dar continuidade ao projeto do primeiro mandato, que foi impactado pela pandemia. Para o entrevistado, a inovação e o empreendedorismo são os pontos a destacar do atual mandato. Armando Remondes louva algumas das iniciativas realizadas nos últimos quatro anos para incrementar o contacto dos estudantes com o mundo empresarial. No entanto, o estudante conselheiro não deixa de apontar que a cultura e o desporto foram dois pontos fracos da atual reitoria. Armando Remondes acredita que se podia ter feito mais no que toca a ligação das estruturas da UC com as secções da AAC. Além disso, o representante do 1º ciclo no CGUC recomenda a Amílcar Falcão que enderece de forma diferente a comunidade estudantil. Ainda assim, o entrevistado confessa que, na sua opinião, Amílcar Falcão deve continuar a ocupar o cargo de reitor.

José Gama também considera que a recandidatura do reitor Amílcar Falcão é “bastante natural”. O estudante prefere aguardar pelo desenrolar do novo mandato para tecer considerações, mas mostra-se otimista. Em relação ao atual mandato, José Gama qualifica de “positivo” o trabalho efetuado pela reitoria no que diz respeito às residências. Contudo, o estudante conselheiro afirma que continua a ser “insuficiente” e que é necessário continuar a agir sobre esta temática.

Para Carlos Magalhães, faz todo o sentido que Amílcar Falcão queira continuar como reitor da UC, de modo a dar continuidade ao projeto com que venceu as eleições de 2019. A propósito da nota de repúdio que foi emitida em abril de 2022, em sede de Assembleia Magna, endereçada às declarações de Amílcar Falcão em entrevista à RUC, Carlos Magalhães afirma que tem de ser criada uma cooperação entre reitor e estudantes e que devem ser evitadas situações semelhantes no futuro.

Já o representante dos alunos de doutoramento no CGUC, Luís Silva, espera que no próximo mandato da reitoria as propostas dos estudantes sejam viabilizadas. O doutorando aguarda a criação de um Conselho Doutoral na Universidade de Coimbra, que sirva de órgão consultivo para o reitor e que una os estudantes de doutoramento de todas as faculdades com as suas respetivas direções.

O processo eleitoral para a reitoria da UC passa por uma audição pública, aberta a todos os que queiram assistir, e por uma audição privada, no seio do Conselho Geral. Ambas vão ter lugar no dia 30 de janeiro de manhã.

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