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ESEC aposta em deslocações de cursos e em ensino à distância

Presidente da Escola Superior de Educação de Coimbra (ESEC), Rui Antunes critica a baixa do orçamento destinado ao ensino superior e a falta de condições na instituição, na sessão solene que decorreu no Dia da ESEC.

Realizou-se na passada quinta-feira, dia 19, o Dia da Escola Superior de Educação de Coimbra. A sessão solene, na qual a RUC marcou presença, contou com as intervenções do presidente da instituição, Rui Antunes, do vice-presidente do Instituto Politécnico de Coimbra, Daniel Gomes, e da presidente da Associação de Estudantes da Escola Superior de Educação de Coimbra (AEESEC), Maria Monteiro.

Rui Antunes falou dos desafios que o instituto enfrenta, nomeadamente as dotações orçamentais. O presidente estima ser grave que uma escola em crescimento perca orçamento desde 2010, o ano em que o ensino superior recebeu mais dinheiro do Estado. O orador recorda que no decorrer destes doze anos foram criados 16 mestrados e desenvolvidas novas pós-graduações e licenciaturas.

O presidente da ESEC aborda as dificuldades vividas nas instalações que foram construídas para acolher menos alunos do que os 2380 que abriga atualmente. A falta de condições afeta os projetos de crescimento da escola que se quer “jovem e dinâmica”. Na visão de Rui Antunes, “uma instituição quando deixa de crescer, morre”.

De forma a ultrapassar os problemas impostos pela falta de espaço, a deslocação dos cursos técnicos profissionais que se têm criado nos últimos anos, é uma das principais apostas da ESEC, segundo o presidente. Também a elaboração de cursos exclusivamente lecionados via remota é uma prioridade para a instituição. Atualmente, docentes da escola estão a receber formação para que possam praticar o ensino à distância.

No que diz respeito à possibilidade de haver uma Escola de Turismo em Coimbra, o presidente da instituição que dispõe atualmente de um curso na área, reconhece as vantagens e desvantagens da sua criação. Contudo, relembra que tem que haver cuidados para não induzir “feridas internas” uma vez que uma escola suplementar implica mais uma entidade com a qual devem dividir o orçamento.

A investigação é um assunto importante para Rui Antunes, mas acredita que não se deve necessariamente produzir mais. O presidente defende que deve haver uma internacionalização do trabalho de investigação e que deve haver mais estudantes a contribuírem.

Daniel Gomes vê a ESEC como uma escola de referência. Neste sentido, divulgou que a ESEC está estável e a crescer a nível de candidatos: no ano letivo de 2018/2019, contaram com 2432 candidatos evoluindo para 2635 no presente ano letivo. Não obstante, o vice-presidente do IPC revela que no ano letivo 2021/2022 houve um decréscimo de alunos colocados e matriculados na ESEC, como primeira opção.

Adília Cabral, professora coordenadora aposentada em 2021 apresentou a conferência “Viagens pelas memórias entre espaços e conhecimento” onde divulgou as suas experiências pessoais e académicas e incentivou a criação de uma nova faculdade dedicada ao turismo e à gastronomia.

 

 

 

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