Pedro Valério quer devolver a Academia aos estudantes
Pedro Valério, estudante da Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra (FDUC), está na corrida à presidência da Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), representando a lista A – Acredita na Académica. O programa candidato afirma que “É Preciso Acreditar” e pretende aproximar e dar a conhecer a Academia aos estudantes.
O candidato à DG/AAC defende que a sua lista, de mote “Acredita na Académica”, tem como pilar principal a proximidade à comunidade estudantil. Neste sentido, reforça “três medidas importantíssimas” da mesma: a descentralização da AAC, a criação de comissões organizadoras para as atividades e a saúde financeira e transparência pela mesma.
O estudante internacional e o seu peso no panorama geral da UC, a administração do edifício da AAC, a saúde mental dos estudantes, a informatização dos serviços da AAC e a sustentabilidade e empreendedorismo são algumas das principais preocupações da Lista A.
“De estudantes para estudantes”
No seu manifesto, a Lista Acredita na Académica pretende “reavivar o orgulho e legado da Académica há tanto tempo perdidos”. Acreditam que a académica está esquecida: para alguns “é um clube de futebol”, para outros “é um bar” e “uma discoteca”. Para contrariar esta tendência pretendem devolver aos estudantes o orgulho de serem estudantes de Coimbra, reaproximar os estudantes à Casa e dar a conhecê-la aos mesmos.
Dívida financeira da AAC
Uma das prioridades da Acredita na Academia é a redução da dívida financeira da Associação Académica de Coimbra. Para concretizar isto, propõem a renegociação de compromissos financeiros. O porta-voz da lista A defende que existem três caminhos possíveis para alcançarem este objetivo: perceber se realmente há dívidas a privados e de que forma é que poderiam contribuir para a mitigar, renegociar a possível dívida e recorrer a outros privados que tenham interesse em trabalhar com a associação académica. Acrescenta ainda que, “neste momento é importante captar outras formas de financiamento privado”.
Inovação digital
A administração e inovação digital são um dos pilares da lista encabeçada por Pedro Valério. Para atingirem este objetivo, o estudante revelou algumas das medidas que pretendem desenvolver para facilitar a comunicação e o acesso à informação.
A criação de uma aplicação é uma das principais medidas para a concretização deste objetivo, que visa ter nela quatro pontos básicos. Em primeiro lugar, teria disponíveis todos os serviços da AAC, desde a tesouraria à reprografia. Em segundo, teria informações, em tempo real, da capacidade de lugares preenchidos e vagos na sala de estudos, para evitar a perda de tempo de estudo em deslocações, quando não existem lugares vagos. O terceiro ponto seria ter um “espaço premium e de excelência” para as estruturas da Casa publicitarem o seu trabalho e partilharem contactos, o que facilitará a comunicação entre os órgãos. Por último, a aplicação iria contar com um espaço de auscultação da comunidade, como uma “caixa de perguntas”, para perceber, por exemplo, “quais é que são os temas a nível político que devem ser discutidos em Assembleia Magna”.
Segundo o candidato, a lista A pretende ainda instalar um monitor, na entrada do edifício da AAC, e diversos painéis digitais pela Casa, para que todos estes serviços e informações sobre o edifício estejam explícitos.
Também a melhoria da internet e a instalação de um sistema de internet eficaz para todas as estruturas da Casa é uma preocupação significativa para o cabeça-de-lista
“[…] é impossível não votarmos e não querermos ser parte ativa […]”
Por fim, o candidato à DG/AAC apela não só ao voto na lista A como também à participação na escolha dos novos líderes da AAC, mas, acima de tudo, a que os estudantes se informem sobre a AAC e o seu legado histórico e cultural e o seu papel na cidade. Pedro Valério defende que “a partir daí, já se resolve um grande problema da abstenção, porque quando percebemos esse carinho, essa pluralidade, esse peso do que é ser estudante […] é impossível não votarmos e não querermos ser parte ativa”.