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SF/AAC repudia tratamento demonstrado aos grupos participantes no Sarau Académico da Festa das Latas

Nota de repúdio foi assinada em conjunto com os órgãos da direção de vários grupos. Estudantes ameaçam não voltar a atuar no Sarau Académico.

A Secção de Fado da Associação Académica de Coimbra repudiou o tratamento demonstrado aos grupos participantes no Sarau Académico da Festa das Latas que decorreu no passado dia 2 de outubro de 2023.

A nota de repúdio foi assinada em conjunto com os órgãos da direção do Coro Misto da Universidade de Coimbra, a Tuna Académica da UC e o Orfeon Académico de Coimbra, todos grupos que participaram no Sarau Académico.

O comunicado foi feito na segunda-feira no decorrer da Assembleia Magna pelo presidente da Secção de Fado da AAC, Diogo Ferreira, e resume as falhas apontadas pelos grupos.

Segundo a nota que foi lida, houve falta de organização e respeito pelos grupos nos dias anteriores à realização do evento. Foi exigido uma caução de valor avultado para acesso à refeição social dos SASUC com a justificativa de prevenir o desperdício alimentar e o serviço de fornecimento acabou por não ser do agrado dos participantes.

O responsável considera também que não é atrativo o espetáculo ter a duração de 9 horas, queixou-se da falta de “soundcheck”, do horário do fim do evento já com o atraso de uma hora (que afirma ser “impensável” e uma “falta de respeito” em período letivo) e a falta de licença para o horário planificado. Razões que, segundo Diogo Ferreira, revelam incompetência por parte da organização do evento.

Diogo Ferreira, presidente da Secção de Fado, afirmou que o evento quis satisfazer o desejo das minorias da academia e, como pretende que todos se sintam envolvidos no seio das festividades académicas, o que foi feito foi colocar a totalidade dos grupos universitários para que todos participassem e que fizessem parte.

Sobre a quantidade de grupos no evento, sublinha que não é possível ter mais de 20 grupos a atuar porque não é apelativo e, segundo a sua opinião, a tentativa de reformular o Sarau Académico para todos os grupos poderem participar foi um fracasso.

Questionado sobre qual seria a forma correta de comunicação entre a Direção-Geral e os grupos que participantes no evento, Diogo Ferreira afirmou que a Direção-Geral deveria pedir “feedback” de grupos de como organizar espetáculos e que a comunicação deve ser simples e direta com as entidades participantes para que não haja equívocos nem mal entendidos em relação ao espetáculo.

Os organismos autónomos participantes só tiveram conhecimento da existência da caução quando foram receber as senhas de alimentação. “É preciso entrar em contacto antecipadamente, marcar reuniões, procurar os agentes culturais que participam. Não só para obter informação, mas também para a dar”.

No fim, sublinhou que os grupos que assinaram o comunicado só vão voltam a atuar no Sarau Académico se forem cumpridos determinados requisitos.

Os requisitos que referiu passam pelo cumprimento dos horários

estipulados, o evento tem que estar englobado na pausa letiva, criação de horários de “soundcheck”, redução do número de grupos participantes no evento e o fim da exigência de uma caução.

Fotografia: Diário de Coimbra

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