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14.11.2022POR Matilde Sabino

Wilson Domingues “Zé”: “Ter uma sala para cada Juventude Partidária acabaria por aumentar a coesão [entre estudantes]”

O aumento da propina nacional, as fontes de financiamento da casa e as juventudes partidárias foram os tópicos cerne na entrevista a “Zé”, candidato pela lista P, protagonizado por Wilson Domingues. Apesar de discordar de algumas propostas do companheiro de borracha, Wilson Domingues aponta que o foco da campanha é “defender os interesses do pato”.

Wilson Domingues, protagonista da personagem “Zé”, cabeça da lista P na corrida à Direção-Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC), esteve presente na Rádio Universidade de Coimbra para discutir as propostas do seu projeto.

O candidato pretende dar mais condições aos estudantes e aos patos e diz querer uma universidade e uma académica “mais feliz, mais bela e coesa”. “Zé” revela que a candidatura surge com o intuito de se limpar o lago onde o pato vive. Na sua opinião, existem vários problemas estruturais na AAC que impactam a vida dos estudantes e dos patos. Numa altura em que os Estatutos da AAC se encontram em fase de revisão, o entrevistado entende que se deve lutar por uma maior inclusão dos patos ao incluir-se outros seres vivos nos textos regulamentares. A proposta alinha-se com um dos pilares do projeto da lista P, a biodiversidade.

Na sua candidatura, “Zé” propõe o aumento da propina nacional de forma a que o valor coincida com o montante pago atualmente pelos estudantes internacionais. O candidato pela lista P reconhece que a proposta é criticável, contudo aponta que deve haver igualdade entre os estudantes, bem como rentabilidade. Uma diminuição da propina internacional seria uma opção válida para se alcançar a igualdade entre alunos, porém, o entrevistado acredita que a rentabilização e a captação de fundos é mais importante. “Zé” defende a proliferação de bolsas para os estudantes que necessitam e admite ser preciso reivindicar-se e por um aumento do número de bolsas atribuídas, assim como do seu valor.

Um dos pilares da candidatura da lista P prende-se com o Empreendedorismo. “Zé” e o pato defendem uma maior autonomia por parte das estruturas: as diferentes secções e organismos da casa devem-se mostrar rentáveis ao realizarem as suas atividades de forma a gerarem lucros e não dependerem de “facilitismos gratuitos”, de acordo com o entrevistado. O candidato à presidência da DG/AAC acredita que o financiamento da casa está assegurado através da rentabilização das secções, mas também através do Contrato-Programa assinado entre a AAC e a Universidade de Coimbra que visa um maior apoio para as atividades culturais e desportivas da casa e que de acordo com “Zé”, é “caridade” que o pato apoia.

A lista P indica querer igualmente uma maior presença das juventudes partidárias ao seio da AAC. O projeto procura estabelecer uma “cooperação” entre os estudantes e as juventudes partidárias para fomentar o interesse dos jovens na política nacional. Neste sentido, o candidato à presidência propõe a atribuição de salas a todos os partidos, no edifício da AAC.

“Zé” revela que tem sentido uma “forte aceitação” por parte dos estudantes quanto à sua candidatura. Apesar de tudo, o “representante do pato”, como se autointitula, admite não concordar com todas as propostas do seu companheiro de borracha: “algumas (propostas) são algo exageradas, mas essa não é a questão, esta campanha é sobre defender os interesses do pato”.

As eleições para a presidência da DG/AAC e para a MAM/AAC têm data marcada para dia 17 novembro.

Pode ouvir a entrevista completa na íntegra, ouvindo o podcast acima.

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