[object Object]

ultimo dia da feira do livro marcado por diversidade cultural

Encerrou hoje a 46° edição da Feira do Livro de Coimbra. Apesar do calor intenso, a população marcou presença nos vários eventos que decorreram na baixa citadina.

A praça do Comércio foi palco de mais uma Feira do Livro, que decorreu entre os dias 20 e 29 de junho. A RUC esteve no terreno no último domingo da feira, a noticiar as várias exibições e acompanhar os vários espaços do evento. Entre o auditório Luís de Camões, o palco Carlos Paredes, o Largo do Romal e o Largo do Poço, foram inúmeras as pessoas envolvidas nas diversas exposições, e imensas as que assistiram.

Auditório Luís de Camões 

Ao longo do dia, o auditório recebeu várias apresentações de livros e ciclos de conversa. Durante a manhã acolheu a apresentação do livro “Contos com a Liz”. Ao início da tarde, o auditório recebeu a apresentação do “Livro que fala da Boa Vida que fez a Rainha de Portugal Dona Isabel. A coordenação desta atividade ficou encarregue de Maria José Azevedo Santos, António Manuel Ribeiro Rebelo e Francisco Pato de Macedo, da Imprensa da Universidade de Coimbra.

A encerrar as apresentações de livros, o espaço recebeu “Carlos Paredes- A guitarra de um povo” de autoria de Octávio Fonseca.

Com espaço para conversa, às 17:30h, o auditório acolheu o ciclo “A ficção, e não o cão, é a melhor amizade do [H]omem” de curadoria de Ana Paula Arnaut com os convidados Lídia Jorge e Carlos Reis.

A última atividade, decorreu por volta das 19:00h. O ciclo com uma temática sobre a “Descolonização do Património Intelectual e Cultural Mesa 5: Imaginários do futuro: libertar-se é fabular”. Contou com a participação de Marília Arnaud, Alberto Santos e Germano Almeida. A curadoria ficou ao encargo da Associação Associação Portugal Brasil 200 Anos (APBRA). 

 

Espaço FNAC 

As atividades no Largo do Romal iniciaram-se por volta do meio-dia, com a dinamização da Hora do Conto, atividade organizada pela FNAC, que se voltou a repetir às 19:00 da tarde. 

Mariana Cartaxo, membro da organização da Hora do Conto, explica que o objetivo desta iniciativa passa por “proporcionar um bom momento às crianças”. A contadora de histórias refere que nem todos são incentivados para a cultura e esta ideia surge como forma de combater essa situação.

A organizadora deu conta de um balanço positivo no final desta edição da Feira do Livro. Mariana Cartaxo destacou também a importância da iniciativa. 

Durante a tarde o espaço recebeu a apresentação do livro “As histórias que nos matam” de autoria de Maria Isaac. O livro, publicado em março deste ano, aborda a perda e superação.

O espaço FNAC encerrou de modo energético com um concerto da banda Sombra & Zel.

 

Largo do Poço

As atividades começaram às 15h com “Os Inocentes Descendentes dos Indecentes”, proporcionada pela Associação Elefante na Sala.

Às 16h a Rolleiflex fez uma apresentação de Antologia. Já às 17h a Clandestina e a Multiversus dinamizaram uma batalha de rap escrita, onde o objetivo primário era a divulgação da cultura Hip-Hop.

A RUC esteve à conversa com Athal, um dos organizadores e orador do evento e com ABR, que foi um dos Mcs batalhadores.

Athal, que para além de apresentador das performances, também é artista, ressaltou o ambiente de entreajuda que existe na comunidade. O músico deixou o conselho para todos aqueles que tenham interesse em começar a rimar, de não terem medo da ridicularização e de se “atirarem de cabeça”.

ABR, que foi um dos vencedores das duas batalhas do “Showcase”, admitiu a importância que estes tipos de iniciativas têm para preservar o Hip-Hop. O Mc frisou também que a melhor forma de evolução é a prática.

Os duelos foram seguidos de um momento de “Poesia ao vivo”. 

Beatriz Roxo, uma das declamadoras, levou a palco a temática do aborto. A poetiza partilhou com a RUC, a sua perspetiva em relação ao poder que a arte carrega e descreveu-a como uma arma.

Seguiu-se a programação da feira do disco, um momento musical proporcionado por vinis.

 

Praça do Comércio

Entre as várias bancas e os vários espaços de exposições literárias, a empresa “Albuquerque & Lima” destacou-se visivelmente pela sua aposta na inclusão artística da pintura. Em conversa com a RUC, Mamede Albuquerque explicou que esta vocação cultural se estendeu a partir da publicação de um livro da firma, o principal objeto de divulgação na banca nesta semana da Feira do Livro. A acrescentar à obras literárias, foram expostas também peças de loiça e variados materiais de pintura.

Mamede Albuquerque confessou ainda que o conceito da marca se revela na feira como um desafio para parar e pintar, e que a adesão tem sido maioritariamente por parte das crianças. O professor reforçou ainda a ideia de que “o livro não morre no livro”, pois terá sempre a sua vertente “mais artística”.

A 46º edição da Feira do Livro encerrou com a Secreta Vida das Palavras, com Sir Scratch & Maze, Luís Severo e Rita Redshoes no Palco Carlos Paredes na Praça do Comércio, pelas 21h30. 

PARTILHAR: