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JNation: 8.ª Edição reflete sobre Inteligência Artificial e Sustentabilidade e recebe participantes e especialistas de 50 Nacionalidades
Nos dias 27 e 28 de maio, o Convento São Francisco, em Coimbra, acolhe a 8.ª edição do JNation, um dos maiores eventos técnicos em Portugal na área do desenvolvimento de software. Este ano, o encontro promete superar as edições anteriores em qualidade, diversidade e impacto, com a participação de cerca de 1350 profissionais.
O programa cobre um vasto leque de tópicos técnicos, com sessões centradas em linguagens de programação, cloud computing, segurança, infraestrutura, e desenvolvimento de software. No entanto, dois grandes temas dominarão os debates: Inteligência Artificial e Sustentabilidade Tecnológica. Na conferência estão envolvidos 58 especialistas de tecnologia de várias nacionalidades.
A sessão de abertura será conduzida por Holly Cummins, engenheira da Red Hat Quarkus e reconhecida especialista da comunidade Java. A sua ‘keynote’ abordará o desafio de tornar o desenvolvimento de software mais eficiente e sustentável, num contexto em que a pegada energética da tecnologia cresce rapidamente.
Além da qualidade técnica dos oradores, o evento destaca-se também pela presença de grandes empresas nacionais e internacionais, como a AIRC, Vodafone, várias do grupo Critical Software, Feedzai, Mercedes, Volkswagen e até a internacional Revolut.
A JNation já não é um evento apenas local ou nacional. Os números falam por si. Perto de 15% dos participantes vêm do estrangeiro, com mais de 50 nacionalidades representadas.
Num tempo em que a Inteligência Artificial (IA) está presente em quase todas as áreas da tecnologia, a pergunta impõe-se: qual será o papel do programador no futuro? Para alguns, a IA surge como uma ameaça, capaz de substituir algumas das profissões que conhecemos.
Como referiu Roberto Cortez, apesar da automação, a confiança humana continua essencial — tal como num avião, onde o comandante continua a ser uma figura central.
O evento já ultrapassou o estatuto de conferência local. Para José Manuel Silva, presidente da Câmara Municipal de Coimbra, a JNation demonstra a capacidade da cidade para formar, atrair e reter talento tecnológico.
No entanto, o crescimento da conferência levanta novos desafios logísticos. Roberto Cortez apontou a necessidade de espaços com maior capacidade, o autarca espera que junto à futura Estação Intermodal de Coimbra nasça uma “grande nave de eventos” para dar resposta à crescente procura.
A organização pretende lançar logo que possível a iniciativa “JNation Kids”, um espaço seguro e educativo para que os filhos dos participantes possam ter o primeiro contacto com a tecnologia. Segundo Cortez, a ideia pode ser um passo importante para atrair mais mulheres para as áreas do software e engenharia.
Miguel Fonseca, vereador responsável pelo empreendedorismo, sublinhou que iniciativas como o JNation mostram que Coimbra forma talento e consegue fixá-lo, contribuindo para o desenvolvimento regional e nacional.
A União de Freguesias de Souselas e Botão irá colaborar com o transporte dos participantes que cheguem à Estação de Coimbra-B, facilitando o acesso ao evento.
O JNation é mais do que um encontro técnico. É uma plataforma de partilha de conhecimento, networking e reflexão. Para além da Inteligência Artificial, a sustentabilidade será outro tema central desta 8.ª edição.
Com o avanço da tecnologia, o consumo energético do digital já rivaliza com os maiores países do mundo. Um exemplo dado por Roberto Cortez: há tecnologias como a blockchain que, se colocam entre os cinco maiores consumidores de energia do planeta. A JNation quer ser mais do que um palco de inovação — quer ser também um espaço onde se pensa o futuro com responsabilidade.
Fotografia: Câmara Municipal de Coimbra
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