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João Fontes da Costa (PAN): “Coimbra continua a perder centralidade. Governo fez marcha atrás”

O candidato do PAN pelo círculo eleitoral de Coimbra deixa críticas ao atual governo (e não só) pela forma como não avançou com projetos estruturantes para a cidade. Partido pede maior cuidado a ligar a região e teme que haja concorrência entre MetroBus e SMTUC.

Não, o PAN não acompanha a narrativa da AD que tem também sido partilhada pelo executivo municipal de Coimbra: o governo não foi bom para a cidade. Quem o diz é João Fontes da Costa, candidato pelo Pessoas, Animais e Natureza no círculo de Coimbra, que aponta que a cidade (e a região) tem sido uma “boa comissão de festas”, mas sempre sem ver projetos estruturantes.

“Ainda temos de ter a certeza que Coimbra não é vista como um mero desvio para a Alta Velocidade”

Fontes da Costa reforça que a desvalorização de Coimbra tem na ferrovia o seu maior exemplo, com um projeto de alta velocidade que pode colocar em causa a centralidade Coimbra no país. Mas não só a alta velocidade, são muitos os exemplos que deixam o município e o distrito desvalorizados: “Perdemos a corrida para o Tribunal Administrativo e continuamos a viver dos erros do passado. Outro caso é o do IP3 que, apesar das muitas promessas, continua ainda a não ter assumido o perfil de autoestrada.

No campo dos transportes, o representante do PAN no distrito não gosta da forma como a cidade está organizada, com o trânsito a passar pelo centro da cidade e sem uma verdadeira a aposta na complementariedade dos transportes públicos. Esse é, aliás, um grande medo do candidato: que os SMTUC e o MetroBus sejam colocados em funcionamento como concorrenciais. Os Serviços Municipalizados de Transportes Urbanos de Coimbra também vieram à baila, uma vez que a longa discussão sobre a reposição das carreiras (discussão que já motivou uma greve [agora suspensa] que deve durar até setembro) ainda é sentida pelos trabalhadores – e não só dos SMTUC, diz João Fontes da Costa, que recorda que os Bombeiros Sapadores Florestais também sofrem com o mesmo problema.

Como aumentar o salário médio? “É fácil, temos de ter carreiras”

É a melhor solução, acrescenta o representante do PAN, para quem só atendendo à reivindicação dos trabalhadores é que se combate verdadeiramente a precariedade. O candidato deixou ainda notas sobre a gestão dos transportes, que diz concentrar-se demasiado no centro, esquecendo alguns polos fundamentais, como é o caso do polo. Com a estação intermodal de Coimbra a caminho, João Fontes da Costa propõe uma maior sinergia entre toda a mobilidade na cidade de forma a encontrar uma resposta mais eficiente à necessidade de abandonar o veículo automóvel.

Alterar o regulamento de atribuição de bolsas de estudo (tendo em conta o rendimento disponível das famílias e não aquele que elas auferem), reforçar o número de camas para estudantes e gradualmente acabar com a propina são passos que João Fontes da Costa vê como urgentes para um ensino superior melhor. A investigação não foi esquecida: o responsável do PAN releva as potencialidades de Coimbra, que conta com duas instituições de ensino superior público, quer ainda que Coimbra seja um oásis no combate à precariedade e que trate bem aqueles que trabalham na ciência.

“Muitas pessoas do distrito não têm Unidade de Saúde Familiar ou médico de família”

Foram ainda indicadas como prioridades do PAN o combate às desigualdades no acesso à saúde ao longo do distrito, a garantia de um reforço da habitação pública para que todos tenham um teto ou a preservação do ambiente (nomeadamente, pensando na ação de uma fotovoltaica em Condeixa-a-Nova que pretende abater milhares de árvores).

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