[object Object]

AAC divulga caderno de desejos políticos para 2025

O possível descongelamento do valor das propinas alarmou a Associação Académica de Coimbra que, de acordo com Carlos Magalhães, “irá sempre defender um acesso gratuito” ao Ensino Superior. A revisão do RJIES e a habitação são também preocupações para a Casa.

A Direção Geral da Associação Académica de Coimbra (DG/AAC) divulgou, esta segunda-feira, os desejos políticos para o ano de 2025. Em resposta ao possível descongelamento das propinas, admitido pelo ministro da Educação, a AAC reafirma a luta por um Ensino Superior “gratuito” e acessível “para qualquer estudante”.

Carlos Magalhães, presidente da DG/AAC, acredita que esta subida de valor vai afetar o ingresso e a manutenção dos estudantes na universidade. O representante alerta que, um agregado familiar que receba o salário mínimo nacional, atualmente de 870 euros, tem “grandes entraves” em manter um filho a estudar no Ensino Superior.

De acordo com um estudo realizado pela AAC, um estudante em Coimbra gasta, em média, 518 euros por mês.

A revisão do Regime Jurídico das Instituições de Ensino Superior (RJIES) é também uma das pretensões políticas para este ano. O regime mais recente data o ano de 2007, o que Carlos Magalhães caracteriza como um documento “desatualizado”. A Associação Académica procura, com esta reformulação do RJIES, uma maior representatividade estudantil, tanto no Conselho Geral da Universidade de Coimbra (CG/UC), como na eleição do Reitor da UC.

No que toca à habitação, esta é uma emergência que a Casa quer combater. Carlos Magalhães fala no incumprimento do Plano Nacional para o Alojamento no Ensino Superior (PNAES), iniciado no ano de 2018, com o objetivo de aumentar o número de camas e de condições disponíveis aos universitários. Em 7 anos, o PNAES foi executado a cerca de 7% da totalidade, um ritmo “impercetível” para o presidente da Direção Geral.

O representante apela, ainda, para que, espaços que estejam em desuso na cidade, possam ser transformados em residências estudantis.

Além disso, a matriz de medidas para 2025 destaca como “indispensável” o alargamento da atribuição de bolsas e apoios sociais, por parte do Governo. Como forma de “colmatar esta necessidade” económica, a AAC criou o Fundo de Ação Social António Luís Gomes, que se destina à atribuição de apoios financeiros extraordinários.

PARTILHAR: